Quando abri meus olhos, a
primeira coisa que vi foi um teto impecavelmente limpo, de cor branca. Meu
olhar foi se focando aos poucos e pude reparar em uma cortina do lado esquerdo,
branca também. Meus ouvidos captaram um barulho desagradável a minha esquerda e
eu senti uma pontada de dor no meu braço quando tentei me mexer. Uma pequena
agulha estava enfiada nele, um fio estava ligada nela, que estava ligado a uma
bolsa com uma espécie de liquido.
Olhei para baixo e eu estava
deitada em uma cama. Ainda usava minhas roupas e meu sapato estava ao lado da
porta. Demorou uns três segundos para eu me tocar que estava em um quarto de
hospital.
Eu não gostava de hospitais.
Sentei rapidamente na cama,
sentindo a agulha cutucar minhas veias com força. Fiz uma careta, arrumando-me
para ficar confortável e não sentir mais aquela dor. Virei minha cabeça para o
lado e quase pulei de susto ao ver alguém sentado na poltrona ao lado da cama.
Zayn dormia com a cabeça jogada para trás, roncando e pude jurar que vi uma baba.
– Zayn? – sussurrei, chamando-o,
fazendo um sinal com a mão, como se ele pudesse ver – Zayn! – ele se remexeu na
poltrona e continuou a dormir – Zayn!!
– Olha quem acordou! – levei
outro susto quando um cara de roupa branca entrou com tudo no quarto, acompanhado
por duas enfermeiras.
Zayn também acordou com um pulo
na poltrona. Ele pareceu um pouco confuso, mas depois balançou a cabeça e
limpou a baba em seu rosto, se levantando da poltrona e sorrindo para mim, indo
para o meu lado.
– Oi. – ele disse com uma voz
grogue.
– O que aconteceu? – perguntei a
ele enquanto o mesmo segurava minha mão.
– Você teve uma crise de
ansiedade – o médico respondeu, atraindo minha atenção para ele – Desmaiou e
seu namorado te trouxe para cá.
Me remexi na cama novamente, me
sentindo desconfortável com a palavra “namorado”.
– Uma crise de ansiedade? Tipo...
Ataque de pânico? – enruguei minha testa
– Eu não estava nervosa nem nada, eu...
– Sua pressão estava baixa e nos
exames de sangue deram zero de álcool. E de acordo com ele – apontou para Zayn
– você tremia e tinha parecia não conseguir respirar no caminho para cá. Isso
acontece com algumas pessoas, é comum.
Olhei para Zayn e ele afirmou com
a cabeça.
Flashes da noite passada voaram
para a minha cabeça. Lembro de música alta, de girar até o bar, de ter visto
Alfred e... Ele ter contado sobre as ameaças e ter “pedido” para eu escolher
entre ele e Zayn. Claro, ataque de ansiedade. Era só o que me faltava, porque
em vez de ser uma adulta, eu encarei aquele fato como uma fraca e desmaiei.
– Estávamos esperando você
acordar – o médico continuou enquanto as enfermeiras tiravam a agulha de meu
braço e me davam um comprimido com um copo de água – Minha recomendação para
você é ir para casa e descansar, sem nada para atrapalha-la.
Engoli o comprimido com a ajuda
da água e assenti para o médico. Não seria tão fácil descansar e relaxar
estando no estado em que eu estava.
– Também preciso que tome alguns
remédios.
– Remédios? Eu só tive uma
pequena crise.
– Pequena crise? – ele riu – Não
chegam a ponto de desmaiar. Sua crise foi bem forte, digamos que foi como se
tivesse levado um balde de emoções pesadas na cara. E precisamos acompanhar
para ver se não acontece de novo.
Não era a primeira vez que tive
essas crises. Nos meus quinze anos eu era famosa por ter ataques de ansiedade.
Eu perdia o ar, sentia uma dor forte no peito e sentia que estava próxima de
morrer. Mais tarde aprendi a controlar essas crises de pânico e depois de um
tempo ela sumiram, nunca mais tive, até então.
O doutor passou outras coisas
para mim e vários minutos depois, eu estava caminhando com Zayn para algum
carro que estava estacionado na garagem do hospital. Entrei no automóvel com um
único pensamento em mente: dormir. Eu poderia estar dormindo até aquele poucos minutos,
mas eu queria fazer aquilo a tarde toda, ou talvez pelo resto da minha vida.
Zayn entrou no lado do motorista.
Seu rosto se virou para o meu e ele abriu um sorriso fraco, aproximando a mão
dos meus cabelos e levando algumas mechas para trás da orelha. Seus dedos
acariciaram minha bochecha e eu fechei os olhos, sentindo o gostoso carinho
sendo depositado ali.
– Você me deu um susto. – ele
falou.
Abri meus olhos e encarei os
seus.
– Desculpe. – disse sincera – Não
queria te deixar assustado.
Ele sorriu mais uma vez, levando
suas mãos para o volante e dando a partida. Seu rosto cansado se concentrou em
fazer as manobras e então reparei que ele também estava com a mesma roupa da
noite anterior.
– Você ficou a noite inteira
aqui? – perguntei.
– Fiquei. – ele respondeu – Tive
que pegar o carro do Niall emprestado.
– Então Niall apareceu no final
das contas? – ri, colocando o cinto e me encolhendo no banco.
– Sim. – Zayn riu. – Ele estava
um pouco estranho. – franziu o cenho.
Me senti mais estranha ainda
quando ele falou que Niall estava estranho. Não teria nada a ver com nosso
pequeno acidente, teria? Não! Ele disse que não se lembrava, provavelmente não
tem nada a ver, até porque era capaz de eu estar sendo presa naquela instante.
Quando Zayn saiu do
estacionamento, subindo uma rampa, fomos surpreendidos por um bando de
paparazzi, que assim que nos viram, quase pularam em cima do carro. Arregalei
meus olhos, um pouco assustado por tantos flashes de uma vez. Eu estava
totalmente despreparada, quem imaginaria que até nos hospital perturbariam?
– Droga. – murmurou Zayn.
Ele começou a buzinar, acelerando
aos pouquinhos, tentando não atropelar ninguém. Eu estava quase falando para
ele atropelar, já que tinha um paparazzo quase quebrando o vidro da minha
janela. Zayn continuou fazendo o que fazia, até que apareceram alguns policiais
e começaram a afasta-los dali, dando espaço para o carro passar. Agradecemos o
guarda e o fomos finalmente para a rua, onde tudo parecia mais calmo e seguro.
O caminho para casa foi um pouco
demorado e eu estava quase dormindo quando paramos já dentro da mansão. Me
arrastei para fora do carro, a ponto de pedir para um guincho me levar. Tudo
culpa do soro.
– Vamos, Hope. – Zayn encarou a
minha pessoa quase morrendo – Deus, já é preguiçosa naturalmente, depois que
sai do hospital então...
Ele andou até mim e antes que
pudesse dizer algo, ele me pegou no colo, obrigando-me a abraçar seu pescoço e
enfiar minha cabeça ali. Inalei seu cheiro conforme ele ia nos levando para
dentro de casa. Era tão bom. Tinha uma mistura doce, com perfume masculino,
couro, cigarro e hortelã. Pessoas normais não gostam desse tipo de mistura, eu
não gostaria desse tipo de mistura, mas vindo dele parecia ser a mais
deliciosa.
Entramos dentro de casa e quando
pensei que ele me colocaria no chão, seu caminho seguiu para as escadas,
subindo os degraus com a maior facilidade, como se eu nem estivesse no seu
colo. Entramos em um dos quartos e eu fui colocada sobre uma cama muito mais
macia que a do quarto em que eu estava hospedada.
– Por que não estou no meu
quarto? – perguntei, vendo-o se sentar no pé da cama.
– Porque minha cama é mais
confortável, oras. – deu de ombros e era a mais pura verdade.
Me sentei na cama, encarando
aquele lindo rostinho maravilhosamente perfeito. Tudo o que me atolava voltou
para a minha cabeça de uma vez e aquele peso nos ombros deu as caras, ainda
pior. O que eu estava fazendo? O que raios eu estava fazendo? Deus! Eu estava
vivendo uma mentira! Eu estava fazendo tudo errado!
– Zayn... – sussurrei, não tendo
certeza do que estava fazendo naquele momento – Eu... – minha boca se abriu e
fechou, se abriu e fechou novamente, se abriu e calou-se de vez.
– O que foi, Hope? – ele
perguntou, acariciando minha bochecha.
Meu nome não era Hope. Meu nome
era Clara. Eu não era a Hope. Hope era uma personagem, uma pessoa inventada, a
pessoa quem ele gostava. Era uma mulher comum, de vinte anos, secretária da One
Direction que fez direito por dois anos. Eu não era a Hope. Eu era a Clara. Uma
mulher que cresceu na Rússia, criada por um dos diretores da DBR, uma companhia
especializada em assassinos, em matar por diversão. Eu matei centenas de
pessoas. Eu era Clara.
Como eu esperava que aquilo daria
certo? Eu mudaria de nome e seria uma farsa pro resto da vida?
Parei de pensar assim que me
toquei que uma lágrima escorria pela minha bochecha. Limpei a lágrima com o
dedo, sentindo mais vontade de chorar por estar chorando. Droga! Não era para
eu chorar. Eu não choro.
– Hope. – Zayn faz uma careta de
dor – Você tá chorado? Tá passando bem? É outro ataque? – ele parecia
preocupado, muito preocupado – Pelo amor de Deus, não chora! – seu dedo limpou
outra lágrima que teimou em aparecer – Não. Por favor, eu vou chorar assim
também... – ele sentou para mais perto, puxando meu corpo para um abraço.
Retribui o abraço, não entendo o
que se passava dentro de mim mesma. Seus braços fortes apertaram minha cintura
com força e quis chorar mais. Eu me sentia tão idiota quando estava perto dele,
mas eu gostava de me sentir idiota. Eu amava ficar com ele.
– Por que está chorando? – ele se
separou de mim, segurando minha bochecha com a mão e olhando-me fundo nos olhos
– Tá tudo bem.
Não está não. Soro me deixa amolecida.
Zayn passou o dedo pelas minhas
bochechas e eu senti meus poros eriçarem. Fechei meus olhos por um tempo,
sentindo o carinho descer melo meu queixo, pescoço, braço e passando para a
minha cintura. Ele apertou ali com força, como se não quisesse me deixar ir.
Mais arrepios. Sua cabeça foi se inclinando em minha direção e ele mordeu os
lábios quando estava bem próximo. Meus olhos os acompanharam hipnotizados e seu
movimento era tão de vagar que tive vontade de batê-lo.
Juntei nossos lábios rapidamente,
impaciente com sua demora. Éramos como dois imãs opostos. Quando um estava
próximo de mais do outro, era inevitável não se encostarem, e se um tentasse se afastar, o outro puxaria
para perto.
Zayn soltou um sorriso e apertou
mais seus lábios contra os meus. Deus! Como odiava o fato de não conseguir não
beija-lo! Como eu odiava saber que aquilo era errado, mas que eu continuava de
qualquer maneira! Odiava o fato de sentir que não conseguiria me afastar!
Odiava o fato de estar completamente caída por ele. Odiava o fato de gostar
dele. Odiava o fato de estar apaixonada
por Zayn Malik, o cara que eu deveria ter matado há três meses.
– Zayn – chamei-o, afastando nossos
lábios – Eu... Quero dormir – apontei para o
vestido que eu ainda usava – Eu to um pouco cansada.
–Tudo bem. – ele disse – Descanse, ok? Qualquer coisa eu estarei aqui...Sempre vou estar.
OOOOE AMORES!
Tudooo booom?
Mais um cap para vocês!
Gostarammmmmmmmm?
Bom, eu sei q não ficou
dos melhores, mas
estava meio sem criatividade
e saiu isso :( bleeeeeh
Muuuuuuuuuuito obrigada pelos comentáris!
Amo vocês <3
Só isso!
Até segunda!
Beijos.
Lo <3
Tá tão pfta essa fic omg rs. Parabéns.
ResponderExcluirMdssss continua pelo amor de deus
ResponderExcluirEuu sabia q ela tinha desmaiado kk e Niall? Achei q ele tinha sido pego pelos homems de pretou ou a mafia u.u kkk mais oks eu supero u.u kkkk qase tive un treco aq, aii axo q nenhum deles morre e niall ja deve saber algo sibre ela ele ta estranho kk eles deve ter.sacado q viu as armas e.nn levo o tombo kk mais Ok .... achei q iri postr so segunda kkkk ainda em q entro aq pra ver .. continuuua eemfim kk beijo e ate segunda kk :(( kkk se viu o zayn posto no tt pro liam atender ele kkkk ri litros kk oks vo ir agr se nn eu nn saio daq nunca beiiijo kk agr eu vo ... e continua . Xoxo isabel
ResponderExcluirdesculpe pelos erros estou pelo celular sabe como er ne kk
Pro Louis** kkk coloquei nome errrado kkk . Xo isabel
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