11/08/2013

Um Desconhecido Bem Conhecido Cap 17 – “Sorte a minha” ~MARATONA~

N/A: Antes de começar eu sei que eu demorei e peço desculpas, mas eu tinha duas provas. Eram provas importantes e eu avisei a Lo :) Bom, aqui tem 5 capítulos e se der amanha eu posto mais. Espero que vocês gostem de mini maratona. (Para mim maratona mesmo são 10 para mais caps, pelo menos varias historias que eu leio são assim, mas vamos fingir que 5 capítulos são maratona.)


Aquele sonho ou pesadelo, só serviu para duas coisas, me assustar e me fazer pensar. Por que eu sonhei com Louis me beijando? Eu não posso me apaixonar por ele, é proibido por qualquer coisa ou regra que eu conheça.
Apaixonar-me por ele é a mesma coisa que pedir para sofrer. Pois nós iremos nos separar em seis meses. E se eu estiver gostando dele, será mais uma tristeza para a minha imensa lista. Mais uma para eu me lamentar depois.
Agora eu estou em um avião, classe econômica, indo para Londres. Minha chefe só conseguiu passagens de classe econômica e eu não podia ir junto dos meninos, pois é claro que eu sairia nas revistas. E nem um de nós quer isso, já que não era para a gente se conhecer.
E devo confessar que esse avião é o pior de toda a minha vida. Além de ter um gordão babando do meu lado, encostado no meu ombro, tem uma velha que gosta de falar mais não escuta direito, então eu tenho que repetir a frase um monte de vezes e quando eu grito ela reclama que eu gritei falando que ela não é surda. Bom, não é o que esta parecendo.
Depois de uma hora viajando resolvi que ia conhecer o avião, tudo bem que não tem muito a que conhecer, mas qualquer coisa é melhor do que ficar aqui ouvindo a velha louca gritar comigo. E o gordão babar em mim.
Levantei-me calmamente fazendo a velha me encarar na duvida e o gordão se apossar do meu banco.
Fui ate o banheiro e fiquei na fila esperando. Logo chega a minha vez e faço o que tenho que fazer e saio, quando saio sem querer esbarro em um aero moço, sim, um homem que trabalha no serviço do avião. Ele tinha cabelo castanhos e olhos azuis, traços perfeitos. Devo confessar que era um pouco parecido com Louis, mas não vou falar e nem pensar nisso. Já que eu odeio ele, e qualquer um que se parece com ele.
- Desculpe-me – falei corando. Por que eu estou corando? Maldita bochechas. Será que existe alguma cirurgia que faça as bochechas pararem de corar?
- Tudo bem, Srta.? - ele falou todo fofinho, acho que deve ser novo nesse tipo de emprego.
- Pode me chamar de Harriett – falo e estendo a mão e assim nos cumprimentamos
- Prazer, me chamo Harry – A não, só pode estar brincando comigo, serio produção? Harry? Não podia ser qualquer outro nome? Um nome que não pertencesse a alguém que odeio?
- Bonito seu nome – minto, mas o que eu podia falar? Tem uma pessoa que eu odeio que também se chama Harry e eu quero que essa pessoa morra? Podia morrer também que seria um Harry a menos nesse mundo? Acho que falar isso não seria bom.
- a versão masculina do seu nome – ele fala rindo. Nossa, acabei de pegar raiva do meu próprio nome. Que vida boa. Uôu UôU Uôu Sapo caiu na lagoa, sou no caminho do meu sertão.
- verdade – falo tentando rir, mas acho que saiu uma risada muito falsa, pois ele me olhou tentando não rir de mim.
- Acho melhor você deve voltar para o seu lugar – ele fala e eu reviro os olhos
- prefiro ficar no banheiro, lá esta muito chato – falo e ele ri
- Mas por quê?
- Tem um gordão que fica babando no meu ombro e uma velha surda que gosta de conversar – falei e ele riu da minha desgraça.
- não deve estar tão ruim assim
- esta, acredite, mas me conte sobre você...
- Quer mesmo saber sobre mim? – concordo com a cabeça – ok, adoro a cor azul e adoro ler, meu sonho é virar piloto de avião e minha comida favorita é hambúrguer.
Acho que já achei alguém para me ajudar a superar tudo isso de casamento, foda-se o nome da criatura, vale tudo só não vale dançar homem com e nem mulher com mulher, o resto vale. E namorando ele eu posso ignorar o Louis e odiar ele em paz, pois foi a essa conclusão que eu cheguei, eu odeio ele. Odeio saber que ele também me odeia. Harriett, se concentre no gato com nome feio na sua frente. Sim, para mim Harry e qualquer derivado desse nome é feio, inclusive o meu próprio nome.
- Nossa, que legal. Eu também amo ler, na verdade eu sou jornalista, então vivo lendo e escrevendo. Minha cor favorita é azul também – falo sorrindo – e minha comida favorita é macarrão – acrescento.
- que legal – ele comenta
- Mas o que levou você a querer ser piloto de avião? – perguntei parecendo curiosa, mas eu só não queria voltar para o meu lugar.
- Bom, uma pessoa que eu admiro muito é piloto de avião, então isso me levou a gostar também além de ser um jeito de passar mais tempo com essa pessoa.
- Que legal – aposto que é o pai ou o irmão mais velho.
- e você? O que te levou a querer ser jornalista?
- acho que pela curiosidade que eu tenho e pelo meu amor à escrita, acho que é isso.
- Que legal, eu gosto de escrever, mas não a ponto de fazer algo relacionado com a escrita – ele falou e eu ri da cara que ele fez
- Você gosta mais da ação de poder pilotar um avião – falei e fingi estar dirigindo.
- exatamente – ele falou como se eu tivesse acertado uma resposta e por isso ganhasse um premio de um milhão de dólares – alguém me entende
- sou boa em entender as pessoas – falei me gabando e jogando o cabelo para trás
- Que bom, é humilde também – ele falou e riu, o acompanhei.
- Devo falar que você é o primeiro Harry que eu conheço que é legal – falei
- Conhece quantos Harry’s que não são legais?
- Um, mas é o suficiente para eu começar a odiar meu próprio nome – falei e nós dois rimos
- ele não pode ser tão ruim assim
- ele é, acredite
- Mas o que ele fez?
- me irrita por tudo, qualquer coisa que eu falo ele me zoa, se cometo um erro é capaz de fazer um cartaz e colocar na janela para todo mundo que passar ver que eu cometi um erro.
- Olha, acho que isso é amor – ele falou e eu arregalei os olhos
- Não, nem pensar, somos só bons inimigos – falei e rimos – Acho melhor eu voltar para o meu lugar
- Ok, me passa o seu numero para mantermos contado – ele fala e assim faço, passo meu numero para ele
Voltei para a minha poltrona e a velha tinha dormido e o gordo babão tinha cordado, que sorte a minha esses problemas a menos. Se bem que não vai ser esses problemas que irão me ajudar e voltar a ter a vida que eu tinha, mas com essa proposta eu não quero mais voltar a ter a vida que eu tinha. Eu prefiro ter a vida que provavelmente teria, um estagio na The Sun e um bom apartamento, posso ate pensar em ter um cachorro. Acho que sobre o cachorro melhor não, vou começar a falar muito sozinha. Além do que já falo.

É tudo pode mudar agora, eu sinto isso, sinto que nada mais vai ser como era, pois minha vida esta bem distante do que era e se voltar vai ser uma regressão e eu não quero regredir.

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