Os raios solares atravessavam a
janela fechada e atingiam minha coxa coberta pela calça jenas. Eu estava
totalmente isolada nos meus próprios pensamentos, não ligando para o que
acontecia em minha volta. A única coisa que rondava minha cabeça era o quanto eu
era fracassada. Uma chance, tive uma chance tão simples e fácil, e por um surto
de loucura eu não fiz nada. Simplesmente nada. Aquilo não era normal... Eu não
costumava sentir dó das pessoas daquela maneira e eu nunca, NUNCA, deixei minha
vítima passar viva.
Talvez esses anos afastados do
trabalho tenha realmente me mudado um pouco... Ou muito.
– Ah, cara! EU AMO ESSA MÚSICA! –
Louis deu um berro do banco de trás – AUMENTA, FRED! – pediu ao motorista, que
atendeu ao pedido – Lately, I've been,
I've been losing sleep... – ele começou a cantar junto, fazendo uma
dancinha engraçada enquanto pronunciava as palavras.
Então, todos os cinco começaram a
cantar como se fosse a ultima vez que fariam aquilo juntos. Niall já pegara seu
celular e usava como microfone, colocando na boca de cada menino na hora de
seus devidos solos.
Eu conhecia aquela música. Não
sabia quem cantava, muito menos o nome, mas ela era uma das que sempre tocavam
na rádio da lanchonete e eu particularmente gostava dela, seu ritmo era
contagiante e sua letra inspiradora. Eu não entendia muito de música, nunca fui
fã de ficar ouvindo e sair por aí baixando nesses tipos de sites ou sei lá.
– Everything that kills me makes me feel alive! – Harry deu um berro
e eu arregalei os olhos quando o “microfone” foi parar em minha boca.
– MANDA VER, HOPE! – falou Niall.
– Er... Eu não canto. – afastei o
celular de minha boca com os dedos.
– Ah qual é, Campbell! Não seja
estraga prazeres! – Liam revirou os olhos – ANDA LOGO, ANTES QUE O REFRÃO
ACABE!
O celular voltou para os meus
lábios e eu fiquei sem reação. Cantar pelo menos uma parte não faria mal.
– But baby, I've been, I've been praying hard… – cantei no ritmo,
ouvindo minha própria voz sair totalmente desafinada e desengonçada, sentindo
minha bochecha corar de vergonha. Os meninos começaram imitar fãs malucos e eu
soltei uma gargalhada, cantando a próxima parte – Sitting, no more counting dollars...
– WE'LL BE, WE'LL BE COUNTING STARS – cantamos, ou berramos, todos
juntos, assustando o Fred e fazendo-lhe dar uma buzinada não proposital. Eu não
sei onde aquilo havia sido engraçado, mas TODOS nós acabamos caindo em profundas
crises de risos.
– OBRIGADO, FÃS! – Zayn mandou
beijos pelos ares e eu precisei respirar fundo para recuperar meu folego de
tanto rir.
– Hope! – em chamou Harry – Você
canta mal pra caramba, cara!
E toda a minha vergonha voltou.
– Cala a boca, Harry! – Liam lhe
deu um pedala na cabeça.
– Eu disse que não sabia cantar.
Nem no chuveiro ouso em tentar essa artimanha! – ri um pouco de minha resposta.
Cantar, realmente, nunca foi algo no qual me interessei em fazer bem.
– E é por isso é a secretária e
não a cantora famosa.
– Harry 1, sutileza 0. – Liam lhe
deu outro pedala e tive que rir. Adorava quando Payne dava os tapas na cabeça
do Harry.
– Harry, as vezes eu penso como
sua família te aturou por tantos anos... – Louis comentou, acariciando o queixo
– Você é um mané.
– Credo. Gente mal humorada! –
Styles se encolheu no banco, fazendo bico.
O restante do caminho foi
tranquilo e eu consegui me distrair e parar de pensar no meu fracasso
catastrófico. Chegando ao aeroporto, os meninos deram o máximo de atenção
possível para as fãs e a cada dia que passava, eu ficava mais admirada com a
quantidade de meninas que os recebiam – mesmo tendo medo delas, ou melhor, de
suas atitudes.
Seguimos para a nossa entrada de
embarcação e avistei logo de cara o jatinho a nossa frente. Estranhei um pouco
ao ver que, diferente das outras vezes, não tinha nenhum segurança nos
aguardando perto das escadas.
– Onde estão os seguranças? –
tratei de perguntar a Paul, que estava atrás de mim.
– Eu não sei. – respondeu,
parecendo estranhar a mesma coisa – Devem estar lá dentro. – ele comentou,
dando de ombros e me dando um tchau simples enquanto se virava para ir para seu
avião.
A One Direction ia praticamente
separada de todos. Eu era responsável em apenas reservar o jatinho para mim e
os meninos, mas outra pessoa tinha que arranjar outro para toda a equipe voar
junto pra outro local.
– Tá legal. – dei de ombros –
Vamos, meninos! Temos que ir rápido! – chamei as cinco gazelas que conversavam
entre si.
Eles andaram em direção as escadas
e eu fui atrás. Harry subiu primeiro enquanto cantava algo sobre minhocas,
seguido de Louis que o acompanhava na canção, e logo Niall e Liam. Quando Zayn
pisou no primeiro degrau para subir, em milésimos de segundos, um objeto em
alta velocidade atingiu seu pescoço com força. Simplesmente do nada.
– Ai! – ele parou, me fazendo
parar também.
Foquei meu olhar na coisa que o
havia acertado. Era um objeto circular, bem pequeno, com uma pequena ponta
encravada em sua pele. Era um dardo. Um mini dardo.
– Zayn... – arregalei meus olhos.
Aquele não era um dardo comum.
Olhei para meu lado esquerdo, de
onde tinha vindo o “ataque” e pude ver ao longe uma pessoa escondida atrás de
algumas caixas. Uma pessoa vestida totalmente de preto.
Droga, Clara! Droga! Droga!
Droga! Mil vezes droga!
– Acho que alguma coisa me picou!
Ai, tá doendo! – sua mão subiu pro seu pescoço e antes que ele encostasse no
dardo, eu o arranquei dali com força – AI, HOPE!
– Entra, Zayn! Rápido! – empurrei
suas costas e ele foi subindo com pressa.
Entramos no jatinho e eu larguei
minhas coisas de qualquer jeito no chão, agarrando Zayn pela mão e jogando-o na
cadeira. Me agachei, observando seus olhos, procurando algo que me desse a
pista de que tipo de veneno havia
sido injetado.
– Tá sentindo alguma coisa? – perguntei
o mais calma possível para ele.
– Eu... Eu to zonzo. Por que eu to
zonzo? Eu estava bem até agora...
– Olha, Zayn... Você... –
suspirei, piscando meus olhos várias vezes, em busca de uma resposta decente e
coerente, para ele, naquela situação – Foi picado por um bicho venenoso.
– EU O QUÊ? – ele gritou,
tentando se levantar, mas pareceu não ter forças – Cara, que sono.
– Zayn... Você tá legal, mate? – Niall apareceu atrás de mim com
o cenho franzido – Você tá verde.
De acordo com meus cálculos, ele
teria no máximo 10 minutos. E eu tinha duas opções: poderia deixa-lo morrer e
me livraria logo desse peso – mesmo sabendo que a grana, provavelmente, não
iria pra mim – ou poderia arranjar logo um jeito de salvar sua vida.
– Hope... Eu não to legal... –
ele segurou no meu braço, apertando-o com força – Meu estomago tá doendo. –
suas mãos se fecharam com mais força sobre minha pele e eu senti meu coração
palpitar mais rápido, desesperado, por meio segundo. Por quê? Eu também não
fazia a mínima ideia. Só sei que tomei uma decisão daquele exato instante e me
sentia como se precisasse fazer algo imediatamente.
Eu iria me arrepender. Com
certeza iria.
– Liam. Vem aqui! – chamei-o.
– O que foi? – ele apareceu de
prontidão.
– Zayn não tá legal. Fica aqui
que eu já volto!
– Pera... Oi? O que ele tem? Onde
você vai?
– Só fica aí e não deixa ele
fechar os olhos! – falei devagar, para que ele entendesse que Zayn não podia
fechar aqueles lindos olhos de nenhuma maneira – Niall, avisa o piloto para
esperar! – ele concordou e eu virei as costas, saindo pelo jatinho ainda
aberto.
Desci as escadas com rapidez e
corri para esquerda, indo para as mesmas caixas que vira antes. Tirei a arma do
casaco e certifiquei-me que ninguém me observava. Com passos leves, dei a volta
na caixa, dando um pulo e apontando a arma para... O nada.
– Mas eu...
Enquanto estava distraída, um
chute – ou soco, não consegui definir – foi depositado em minhas costas e
acabei caindo de barriga no chão. Bati com o queixo com força no chão e juro
que pensei que havia cortado a ponta da minha língua com meus próprios dentes.
Mãos se agarraram em minha jaqueta e eu fui virada, bruscamente, sentindo
minhas costelas espalharem uma dor aguda pelo meu corpo todo.
– Me procurando? – uma voz fina
saiu abafada pela máscara.
Era uma garota?
Ela se agachou rapidamente e
pegou em meus cabelos, puxando-me para cima com força. Reprimi um grito de dor
quando ela chutou meu estomago com vontade, depois virando um tapa estalado em
minha bochecha.
Eu estava levanto uma surra e uma
das grandes.
– Então é verdade... – a mulher
continuou – Clara Vacker de volta as missões. – ela apertou mais meus cabelos
em suas mãos.
Carreguei a arma enquanto ela
falava e aponteia para seu peito, mas ela foi mais rápida – além de não estar
nem um pouco machucada – e agarrou meu pulso, girando-o com força. Tentei com
todas as minhas forças segurar um grito de dor e sem aguentar mais, deixei a
arma cair com força no chão.
Meu pulso começou a latejar e a
dor era tão insuportável que eu pensei que iria começar a chorar feito criança
ali mesmo.
– E todos os boatos estão certos...
– ela virou outro soco, dessa vez em minha mandíbula – Ela não é mais como
antes...
Senhor, eu estava apanhando tanto
que nem sentia mais minha própria carne.
Equilibrei um pouco meu corpo,
respirando fundo e olhando para os lados. Estávamos bem atrás de várias caixas,
então ninguém poderia nos ver. Respirei fundo olhando para aquela máscara
idiota... Eu não iria perder.
– Só que você se esqueceu de uma
coisa... – falei, sentindo o gosto de ferro em minha boca. Cuspi o sangue perto
de seus pés e abri um sorriso cínico – Boatos... São apenas boatos.
Devido uma das mãos machucadas,
usei meus pés para derruba-la no chão áspero. Ela caiu de costas e eu, mais que
rapidamente, pisei em seu estomago, ouvindo-a gemer de dor. Ela tentou reagir,
mas eu me abaixei, sentando no meio de sua cintura e apertando seu pescoço com
a mão boa. Ela levou as suas até meu braço, tentando me fazer parar de
sufoca-la, mas foi em vão.
– O que está fazendo aqui? –
perguntei ofegante, apertando mais seu pescoço.
– Eu... Eu... – ela continuava a
tentar empurrar meu braço.
– Fala logo! – mandei, vendo-a
perder cada vez mais o ar.
– O... Garo... To... – disse com
dificuldade.
Então era isso mesmo. Estavam
atrás de Zayn. Queriam a recompensa. Minhas suspeitas foram comprovadas. Assim
como a pessoa que colocou a semente no chá, ela também queria mata-lo. Como
será que a notícia correu tão rápido?
– Como você soube? – continuei
perguntado, mais rígida – COMO VOCÊ SOUBE? – falei mais alto, forçando-a a
falar.
– Eu... Eu... Ele... O homem
mascarado... Ele mandou eu... Ma-ma-mata-lo.
Homem mascarado?
– Quem é esse homem mascarado? –
voltei a perguntar. Suas mãos já haviam parado de tentar se soltar.
A mulher não falou nada, seus
olhos se fecharam e sua cabeça tombou para o lado. Ela havia desmaiado.
– Fraca. – murmurei, arrancado a
bolsa de seu corpo e largando ela ali mesmo. Alguém a acharia e quem sabe não
seria presa por... Invasão de aeroporto?
Quando entrei no avião novamente,
me deparei com Zayn caído no chão e quatro criaturas, mais o piloto e duas
aeromoças em volta dele. Meu cenho se franziu e eu fiquei em choque. Não era
pra ele estar caído! Não era! Eu havia demorado demais.
Entrei no meio da roda, me
ajoelhando perto de sua cabeça. Abaixei meu rosto até seu nariz, sentindo um
pouco de ar bater sobre minhas bochechas.
Ele estava vivo.
– Hope... Ele desmaiou agora...
Eu... Eu... Onde você foi? Precisamos chamar alguém... – Liam gaguejava em
desespero.
– Não, Liam. Calma.
Abri a bolsa da mulher estranha e
taquei tudo no chão.
– Hope... Você... O que aconteceu
com você? – Louis perguntou para mim e eu me lembrei que tinha acabado de levar
uma surra, e das grandes.
– Você! – apontei para o piloto,
ignorando a pergunta – Vai dirigir o avião! Anda logo! Ele vai ficar bem, só
foi um ataque alérgico! Anda! – mandei, pensando na possibilidade da mulher não
estar sozinha e corrermos risco de sermos atacados ali mesmo.
O piloto se levantou assustado e
foi para a cabine.
Voltei para as coisas espalhadas
no chão, vendo alguns fracos, mais dardos e o negócio que era utilizado para
atira-los. Ignorei totalmente o meu pulso praticamente quebrado e procurei
entre os vidrinhos um que tivesse uma espécie de pó marrom, conseguindo,
felizmente, achar um no meio de tudo aquioçp.
– Alguém pega água, por favor! –
pedi e, em questão de segundos, Harry apareceu com uma garrafa de água –
Preciso de vinagre e pimenta também.
Abri a tampa e joguei todo o pó
marrom ali dentro. A aeromoça chegou com um
vidro estranho de vinagre outro de pimenta. Virei novamente às coisas
junto à água. Fechei a tampa superficialmente e chacoalhei até ficar bem
misturado. Peguei um dardo e molhei a ponta no líquido, enfiando a agulha no
mesmo lugar que a outra havia acertado. Puxei a cabeça de Zayn para o meu colo
e apertei suas bochechas, abrindo levemente sua boca. Joguei o liquido lá
dentro aos poucos, até não sobrar nada, nem uma gotinha.
– E agora?? – Niall perguntou ao
meu lado.
– Alguém trás outra garrafa de
água! E UM BALDE TAMBÉM!
Liam trouxe outra garrafa e o
balde e me entregou. Fiquei apertando o plástico contra meus dedos enquanto
ficava apenas encarando Zayn totalmente pálido. Eu não sei por que, mas estava
sendo corroída por dentro, e temia que se ele não acordasse, não seria alivio
que eu iria sentir, e sim um sentimento desconfortável.
– Por que ele não tá acordado!? –
Louis perguntou desesperado.
– Eu... – gaguejei, aquela
formula geralmente dava certo – Eu não sei.
Meu coração começou a se comprimir
no peito. Oh céus, eu estava com medo que ele não vivesse! Eu estava com medo!
Com muito medo!
– HOPE! ELE NÃO TÁ... – Liam
começou a falar, mas foi bruscamente interrompido por um engasgo vindo de Zayn.
Ele tossiu umas cinco vezes e
depois seus olhos se arregalaram e sua língua foi posta para fora da boca.
– Água! – ele pedia enquanto
abanava a boca – ÁGUA!
Abri a garrafa e dei para ele que
em segundos virou tudo na boca. Todos em volta soltaram um suspiro de alívio,
menos eu.
Zayn jogou a garrafa do seu lado
e depois fez uma careta, e eu já sabia o que tinha por vir. Entreguei o balde
para ele, que quando o tinha em mãos, enfiou a cabeça lá dentro, vomitando.
Escutei um corinho de “eca” e aí sim pude suspirar aliviada. Estávamos tão
tensos que nem havíamos reparado no avião já voando.
– O que... O que houve? – ele
perguntou, se sentando e limpando a boca com a mão.
Eca.
– Acho... Que você é alérgico a
algum tipo de mosquito... – dei de ombros, sentindo meu corpo voltar a relaxar
aos poucos. Afinal de contas, ele viveu e eu estava feliz com aquilo. E não. Eu
não me arrependi de ter salvado sua vida... Pela segunda vez.
Oeeee minhoquinhas!
Tudooo boooom?
Mais um capítulo como prometido! Tive alguns problemas com a Internet na sexta e não consegui publicar, sorry :(
Mas o que importa é que estou aqui hoje!
Muuuuuuuito obrigada pelos comentárioooooooooooos <3
Bom, a Clara vai começar a sofrer algumas mudanças a partir desse capítulo, então... Espero que gostadooo, de core!
Tudooo boooom?
Mais um capítulo como prometido! Tive alguns problemas com a Internet na sexta e não consegui publicar, sorry :(
Mas o que importa é que estou aqui hoje!
Muuuuuuuito obrigada pelos comentárioooooooooooos <3
Bom, a Clara vai começar a sofrer algumas mudanças a partir desse capítulo, então... Espero que gostadooo, de core!
BOOOOOOOOOOOM!
Não tenho mto oq dizer, vou
voltar para minha seção depressão lendo
divergente!
Vou colocar aparelho amanhã e to
#bolada!
Só isso, ok amores?
Malikisses & Paynekisses
Lo <3
Amei o cap *-*
ResponderExcluirComo sempre está muito perfeitinho :3
Eu deixei uma mensagem em rascunho para vc ler pq não sei por onde falar contigo :)
Ai mdss eu estou amando esse imagineee!!! Continuaa pf pf ai mds rapidp continua rapido!!!
ResponderExcluirEsta demais!!
ResponderExcluirContinua...
Amo Divergente, já li ele to lendo Convergente agr Insurgente tbm é tudo de bom... Na vdd Tobias é tudo de bom....
Bjss Diva
Aaaaaaaaahh OMJ! Eu preciso do proximo capitulo!!!!
ResponderExcluir