7/09/2014

Criminal Capítulo 16 - Dreaming about you



Dor.
Fora isso que me fez acordar. Nada mais, nada menos do que uma dor fortíssima em minha cabeça. Girei na cama, trocando a cabeça de travesseiro, tentando que aquela dor horrorosa fosse embora e eu voltasse a dormir. Meus olhos estavam tão pesados que nem abertos eles conseguiam ficar.
Mas como nada dá certo para mim, meu estomago se revirou e eu senti um liquido quente começar a subir pela minha garganta.
Levantei as pressas e corri para o banheiro, levantando a tampa da privada e botando tudo o que tinha dentro de mim para fora. Eu odiava vomitar, com todas as minhas forças, era algo desnecessário para o ser humano. Preferia ter caganeira do que ter que vomitar.
– Que nojo... – falei sozinha, ouvindo minha voz sair fraca e baixa demais.
Coloquei-me de pé com dificuldade e dei descarga, piorando minha dor de cabeça com aquele barulho desagradável. Apoiei minhas mãos na pia, tentando não cair e encarei meu reflexo horrível no espelho. Olhar para a minha cara daquele jeito me deu mais ânsia de vomito.
Continuei olhando no espelho e reparei nas alças do meu sutiã no reflexo... Eu estava apenas com minhas roupas íntimas e no exato momento que me lembrei da noite anterior, senti um calafrio correr pela minha espinha.
Girei meus calcanhares, tendo uma visão da cama desarrumada e vazia... Senti meia parte de mim ficar aliviada por não ter nenhum homem ali dormindo, mas a outra parte ainda estava tensa porque poderia ter tido um homem que havia fugido antes de eu acordar.
Aliás, como eu havia parado no quarto do hotel?
– Hope? – uma voz conhecida soou pelo quarto, seguida de uma porta batendo – Já acordou?
Franzi meu cenho e Zayn apareceu na porta do banheiro. Arregalei meus olhos ao vê-lo ali e dei um grito meio desengonçado.
– EU TO PELADA, NÃO OLHA!
Ele se assustou e virou de costas para mim, totalmente envergonhado.
– Desculpa... Er... Eu só estava... Desculpa. Eu não reparei em nada, juro. – Zayn mexia a cabeça em negação – Eu... Hm... Vi... Rum, que você estava acordando e trouxe um remédio.
Peguei o roupão do hotel pendurado na porta do banheiro e vesti-o com pressa, me olhando uma última vez no espelho. Cara, eu estava péssima.
– Pode... Olhar. – falei um pouco acanhada e Zayn se virou, olhando totalmente envergonhado para mim.
– Trouxe isso. – ele andou até mim, entregando-me um copo de água e dois comprimidos brancos.
– Valeu. – agradeci, levando os dois comprimidos a boca e engolindo-os com a ajuda da água.
– Está se sentindo bem?
– Mais ou menos. – respondi enquanto devolvia o copo para ele – Hm... Zayn? Por acaso você... Você sabe... Por que eu to sem minhas roupas? – eu perguntei ainda mais envergonhada e vi as bochechas de Zayn corarem ferozmente.
– Bem... – ele riu nervoso – Você meio que estava bem bêbada... Bem, bem, bem bêbada... E eu meio que te trouxe pra casa e te joguei no chuveiro... E não queria molhar suas roupas e... É isso. – eu não sabia quem estava mais vermelho, eu ou ele. Era uma competição de quem estava mais parecido com um tomate.
– Ah... Eu...
– Desculpa, Hope! Foi para uma boa causa... Eu juro que não fiquei olhando ou reparando... Só queria que você ficasse... Bem.
Eu não sabia o que dizer. Ele havia me dado um... Banho. Aquilo era bom ou ruim?
– Tudo... Bem... Eu acho... – respondi confusa, coçando a nuca – Só nunca mais faça isso... – olhei fundo nos seus olhos, apertando ainda mais o roupão sobre meu corpo – Da próxima vez molhe minha roupa.
– Certo. Ok. Concordo. – Zayn afirmou desesperado com a cabeça.
– E... Me desculpe ter ficado... Bêbada... Sei que isso não foi muito profissional... – disse assim que me lembrei do quanto havia bebido... Se Zayn soubesse que fiquei daquele jeito por sua culpa...
Zayn fez uma cara estranha e olhou para o chão, parecendo mudar de humor em segundos, como uma pessoa bipolar.
– Tudo bem... Era uma festa, não era? Precisávamos nos divertir! – ele disse um pouco mais alegre – Certo?
– Certo. – respondi com o cenho franzido, percebendo o quanto estranha estava aquela situação – Você tá legal?
– Sim! Estou ótimo! – ele deu de ombros, rindo forçadamente.
...
– EU O QUÊ? – soltei um berro desesperado, sentindo minha cabeça me punir por aquilo – Odeio ressaca.
– Foi isso mesmo o que você escutou. – ele disse fechando a revista que lia segundos antes – Você estava quase arrancando as calças na pista de dança! – ele falou rindo, tirando uma com a minha cara – Foi engraçado!
– Engraçado? – dei um tapa em seu braço – Eu quase virei uma stripper e foi engraçado? – Liam soltou outra gargalhada – É por isso que eu nunca posso beber. Não sou uma bêbada muito...  Civilizada.
– É, isso já percebemos! – Harry se jogou na cadeira ao meu lado – Mas foi engraçado, precisamos fazer isso mais vezes.
– Vocês são uns manés. Isso não é engraçado! Me sinto horrível por isso!! Vocês não me viram sair com nenhum homem, viram? – perguntei um pouco desesperada.
– Não... – Liam deu de ombros – Mas um pouco mais e você iria sair!
– Isso se... – Louis apareceu com um pacote de salgadinho na mão – O Zayn não tivesse aparecido para te trazer para o hotel... – ele levou um salgadinho a boca, abrindo um sorriso malicioso logo depois.
– Verdade. – Harry concordou – Ele viu você agarrada com um cara qualquer e começou a ficar indignado do proveito que ele estava tirando de você.
– Depois começou a reclamar, ficou meia hora parecendo um velho rabugento, se levantou e disse que te levaria para casa antes que tivesse um filho ali mesmo... – Liam olhou para frente, como se lembrasse do perfeitamente do momento – Foi engraçado.
Primeiro Zayn tira minha roupa para me dar um banho, agora descubro que ele me tirou da festa para que eu não tivesse... Um filho. Certo, talvez isso seja um pouco estranho, mas por mais estranho que seja, era um sinal de que ele se importava. Não era?
– Essa história está se tornando cada vez mais constrangedora... – falei enquanto escondia meu rosto nas mãos – Tenho que agradece-lo de algum jeito, era capaz de eu realmente ter feito um filho! – Liam e Harry riram em resposta – Parem de rir, isso é sério. Parem! – virei um tapa em cada um, soltando mais gargalhadas de suas gargantas.
– Manés.
...
Eu estava em um campo florido. Sim, um campo florido. Era estranho... Geralmente eu não me encontrava em campos floridos. Usava um vestido branco longo e meus cabelos compridos caíam em forma de cachos sobre as minhas costas descobertas, protegendo-as do vento forte que se chocava contra mim.
– Clara? – uma voz grossa chamou pelos meus nomes – Clara, estou aqui.
Eu conhecia aquela voz.
Meus pés viraram meu corpo na direção do vento. Poucos fios de cabelo tamparam parte da minha visão, mas não foi o suficiente para não vê-lo bem parado a minha frente, com um sorriso tímido nos lábios perfeitamente esculpidos.
– Zayn... – abri um sorri, sentindo-o se aproximar do meu corpo.
– Estou aqui, Clara. – ele falou, sussurrando – Estou aqui com você. – sua mão esquerda pousou em minha bochecha e seus olhos se fecharam em segundos.
Ele iria me beijar?
Não tive tempo para descobrir. Seu corpo foi empurrado para longe do meu e todo aquele campo florido, começou a ficar preto, se desfazendo em minha volta, transformando tudo aquilo em um buraco vazio.
– ZAYN?! – gritei, ouvindo o eco de minha própria voz.
E como se algum ser superior ouvisse meu chamado, o corpo de Zayn caiu bem a minha frente, mas não como eu esperava que ele estivesse. A camisa estava manchada com um liquido vermelho... Não um liquido comum. Era sangue. Sangue escorria pelo seu peito... No mesmo lugar que havia uma faca enterrada.

Meus olhos se abriram as pressas, assim como meu corpo se sentou na cama com tanta rapidez, que senti uma tontura me abalar no mesmo segundo. Meu peito subia e descia e como da outra vez, eu estava suada, completamente suada.
– Senhor... – suspirei totalmente ofegante, passando as mãos pelo rosto molhado e agradecendo, ou não, por ter sido apenas mais um pesadelo.
Quando minhas mãos passaram para os meus olhos, senti a região totalmente molhada. Passei as costas das mãos para secar as bochechas e senti uma lágrima escorrer até chegar nessa mesma região. Uma lágrima.  Eu estava chorando? Precisava urgentemente de um psicólogo.
Encostei minha cabeça novamente no travesseiro e fechei os olhos, na esperança de voltar a dormir. No entanto, a cena do corpo de Zayn, totalmente sem vida, voltou para a minha cabeça, fazendo-me abrir os olhos mais que imediatamente. Por que raios eu havia sonhado com ele? E por que raios eu me abalei tanto ao ver tal cena? E por que quando eu fechava os olhos ela fazia questão de aparecer? Talvez eu precisasse de alguma distração para conseguir dormir bem novamente... Como na vez que Malik veio saber o motivo de minha gritaria e desespero.
Aquilo havia me dado uma ideia. Uma ideia bem ridícula e infantil. Uma ideia que fez meu estomago embrulhar com força, como se tivesse passado o dia todo comendo chocolates estragados.
Levantei-me da cama em uma lerdeza não proposital e peguei meu travesseiro, apertando-o sobre meu corpo coberto pelo pijama – não tão comprido dessa vez, estava muito quente – e andando até a porta. Lógico que no caminho tropecei a cada meio centímetro que andava por causa do escuro, mas isso são apenas detalhes. Abri a tranca e saí do quarto, fechando um pouco os olhos para me acostumar com a luz do corredor.
Meus pés já estavam trabalhando por conta própria. Andei até a porta que eu jurava ser a certa e girei a maçaneta, agradecendo – ou não – por não estar trancada ou coisa do tipo. Entrei no quarto escuro, fechando a porta atrás de mim e andando nas pontas dos pés até encontrar o criado mudo, onde acendi o abajur, que até então, estava desligado.
– Hm... Zayn? – cutuquei seu braço definido com os dedos – Zayn? Tá acordado.
É lógico que ele não está acordado, sua idiota!
– Hm...? – ele miou, virando o corpo na cama e abrindo os olhos, não completamente – Hope? O que está fazendo aqui? – sua voz rouca perguntou um pouco cansada e minha fixa pareceu finalmente cair. Por que eu estava ali?
– Eu... – apertei mais o travesseiro contra meu corpo, percebendo que ele estava sem camisa – Eu tive um pesadelo e... Não é nada, me desculpe! Esquece... – sorri nervosa e virei, pronta para sair o mais rápido possível dali.
– Não... Espera... – ele falou, ainda sonolento, e eu me virei para ele novamente – Teve um pesadelo? – concordei feito uma criancinha fraca e indefesa. Lembrei-me do seu corpo totalmente ensanguentado e caído sobre a minha frente. Senhor, sentia vontade de chorar de novo.
– Me desculpa... Foi idiotice... Só achei que pudesse...
– Ficar aqui comigo? – Zayn completou, se sentando na cama e tentando abrir um sorriso. Era obvio que ele deveria estar me odiando por tê-lo acordado a aquela hora. – Vem cá. – ele bateu no lado vago na cama e depois de pensar por alguns segundos, andei até o lugar, deitando-me ao seu lado.
Ele se deitou na cama e me puxou para perto de si, cobrindo meu corpo com a coberta. Meus planos não eram dormir, e sim conversar.
– Tá tudo bem? – ele perguntou assim que apagou o abajur.
– Sim... – não...
– Sonhou com o quê? – Zayn questionou-me novamente, mas dessa vez, pude sentir suas mãos grossas passarem para meus cabelos.
– Meus pais. – menti novamente.
Por mais que estivesse tudo escuro, eu conseguia sentir a proximidade dos nossos rostos. Meu coração começou a bater mais rápido quando deduzi isso, como se fosse um alarme que dissesse “alerta vermelho!” “alerta vermelho!” várias e várias vezes.
Um carinho relaxante passou para os meus cabelos desarrumados. Suspirei quando seus dedos fizeram um caminho pelo meu rosto, parando em meu pescoço e começando o carinho ali. Eu não fazia a mínima ideia do que ele estava fazendo, mas eu estava gostando. Cada canto que sua pela me tocava formigava, como se estivesse prestes a pegar fogo.
Quando sua mão saiu do meu pescoço e passou para o meu ombros, senti meus pulmões pararem de funcionar. Ele deslizou os dedos por todo o meu braço, parando em minha mão, entrelaçando a sua ali.
– Boa noite, Hope. – ele falou calmo.
Como alguém podia estar calma em uma hora dessas?
– B-boa noite... – tentei responder no mesmo tom, porém eu gaguejei feito uma garotinha.
O quarto ficou em silêncio e sua mão continuou entrelaçada na minha. Se a minha ideia era fazer com que eu dormisse, eu estava totalmente enganada, agora que eu não dormiria mesmo.







OLÁÁÁ MINHOQUINHAS!
Tudo bem?
Bom, mais um cap como prometidoooo
yeeeeeeeeeeeeeeeeey!
Eu espero que tenham gostado
e juro que o próximo está melhor,
ok? 
Obrigada pelos comentários <3
E EU DESISTO DE FAZER
FOTOS COM OS NOMES DOS CAPS
PQ N SOU BOA!
Eaí? Como estão? De férias?
Voltando para as aulas?
Minhas férias estão muitooo 
chatas :P 
Bom, é isso mesmo!
Até amanhã!
Malikisses & Paynekisses
Lo <3

4 comentários:

  1. Aii mds... C.o.n.t.i.n.u.A e logoo pf pf está mais que PERFEITO!! Vc escreve mt bem!! Serio vc é uma divaa !!

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  2. Continuaaaa pf logo logo!! Antes que eu tenha um treco!!

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  3. Continuaaaa..essa fic esta fantastica!! Adoro ler!! Continuaa hj haha

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