– VOCÊS NÃO ENTENDEM! – berrei,
sendo arrastada por outros brutamontes – EU POSSO AJUDAR COM OS
DESAPARECIMENTOS! POR FAVOR! ME ESCUTEM! – ouvi outro barulho de tranca e
quando me dei conta, estava sendo jogada dentro da cela novamente.
Meu corpo foi parar no chão
bruscamente e meu cotovelo sofreu com a pancada, nada muito grave, mas precisei
fazer uma cara de dor bem convincente para que aqueles idiotas fossem logo
embora, imaginando o quanto eu sofreria de dor pelo resto da tarde.
Um deles cochichou algo para o
outro e logo a porta foi fechada e trancada do lado de fora, deixando o
ambiente ainda mais escuro. Me levantei do chão, tirando o pó de minhas calças
e dando uma olhada no molho de chaves que havia pego enquanto estava sendo
carregada para aquele lugar novamente. Não deviam dar chaves para todos os
seguranças, era um erro e tanto.
Fase 1, completa.
Peguei a chave menor com os
dentes e levei-a até as algemas na minha mão, soltando-as. O metal caiu no chão
e minhas mãos quase dançaram de alegria. Era horrível ficar com aquelas coisas
metálicas na sua mão.
– Idiotas. – murmurei, rodando o
objeto em mãos e me aproximando da porta.
Vamos, Clara. Temos pouco tempo.
Procurei a chave certa e
lentamente passei minha mão pela pequena janelinha da porta, a única entrada de
luz naquela cela. Fiquei na ponta dos pés, empurrando ainda mais meus braços
até que pudesse sentir a fechadura com os dedos livres. Com dificuldade, girei
a chave e fiquei tentando coloca-la no buraco por pelo menos cinco minutos.
Quando finalmente consegui, inclinei ainda mais meu corpo sobre a porta e a
girei, destrancando a fechadura e abrindo aquela prisão.
Fase 2, completa.
A porta fez um barulho desagradável
quando a abri. De acordo com meus cálculos, tinham no máximo cinco guardas
naquele corredor, se já não haviam escutado a porta sendo aberta, veriam uma
loira com roupa amarela andando por aí.
E como o esperado, no segundo em
que botei os pés para fora, um dos guardas correu desesperando em minha direção,
quase se jogando em cima de mim. Ele me deu um golpe na barriga com seu bastão
e depois me virou de costas, segurando minhas mãos com força, torcendo-as um pouco,
devo dizer que propositalmente. Senti ânsia de vomito com a pancada na barriga
e tive que me segurar para não revidar. Eu conseguiria acabar com esse idiota
em três segundos.
– Temos uma fugitiva. – ele falou
no aparelhinho dele.
– Entendido. Aguardaremos na sala doze. – disse uma voz de volta.
– Sabe o que fazemos com aqueles
que tentam fugir. – ele me perguntou, totalmente irônico e superior – Já vai
descobrir, garota.
Ele começou a me empurrar em
direção a tal sala doze, deduzi.
Fase 3, completa.
Passamos por todo o corredor,
seguindo para aquele das portas grandes, exatamente para onde eu queria ir.
Mais cedo, quando me levaram para a sala do detetive, reparei em uma espécie de
elevador de carga que passava por aquele andar, no fundo do corredor. Pelas
minhas experiências, sabedorias e por aquele ser o andar dos “perigosos”... E
por eu não ter conhecido o refeitório, concluí que era por ali que enviavam a
nossa comida e depois devolviam a louça suja. Então, daria, provavelmente para
uma cozinha, onde eu esperava achar mulheres agradáveis que trabalham por
caridade em uma prisão e que não tivessem armas de preferencia.
Mas era bom eu arranjar uma arma,
para precaução.
Quando o guarda parou em frente a
uma porta – com o número doze estampado nela – comecei a botar o verdadeiro
plano em prática. Começando por minhas mãos que ele segurava, aproveitando que
ele havia afrouxado a força – esses caras são tão idiotas que chega a doer –,
puxei meus braços para trás, soltando-me dele. Sua cabeça virou-se rapidamente
na minha direção e antes que ele pudesse reagir, virei meu punho em seu rosto,
seguido de uma ajoelhada em sua barriga. Vingança.
Ele tossiu, se inclinando e foi quando lhe dei um chute no rosto. Por fim,
peguei sua mão e usei um truque, fazendo praticamente dar uma cambalhota no ar
e cair com tudo no chão.
Escutei alguns barulhos e algo
pulou em minhas costas, fazendo-me cair no chão juntamente ao policial. Era um
dos brutamontes em cima de mim e junto com ele estavam mais uns cinco caras.
– Chamem um médico! – disse o
brutamontes e eu bufei.
– Mereço. – resmunguei, jogando
minha cabeça para trás e batendo-a no nariz do idiota em cima de mim.
Ele miou de dor. Ele se distraiu
por dois segundos, mas foi o suficiente para que eu usasse toda a força
existente no meu corpo para joga-lo para o lado e me levantar, chutando sua
barriga logo em seguida. Os outros guardas vieram todos para cima de mim e
recebi de cara um murro na costela, seguido de um chute forte no joelho. Senti
uma dor forte invadir meu corpo e sabia que havia algo pior por vir. Eles eram
tiras. Tiras não gostavam de criminosos. E quando surgia a oportunidade de nós
apanharmos, eles não a deixavam passar.
Você tem que dar o fora daqui, Clara!
Usei uma de minhas vantagens: ser
mulher. Me abaixei assim que vi que algo acertaria minha cara e acertei a
primeira parte íntima que vi pela frente. Escutei um palavrão, seguido de um
gemido de dor. O cara acertado deu um passo para trás, abrindo espaço para que
eu saísse dali e corresse em direção ao elevador de carga.
Lá se vão meus planos de
conseguir uma arma.
Quando estava próxima a meu ponto
de chegada, escutei um barulho de tiro e vi uma bala passar perto do meu pé.
Olhei para trás e vi os tiras com armas na mão. Lembra quando falei na
oportunidade de bater em criminosos? A de matar era ainda mais desejosa.
Cheguei no elevador, tirando os
pratos de sopa que deveriam ter subido a pouco tempo e jogando-os todos no
chão. Entrei no buraco, agradecendo por ser magra o bastante para caber ali e
apertei o botão do lado de fora para que minha carona descesse.
A última coisa que vi antes de
descer, foram mais policiais chegando naquele corredor. Vários outros.
O elevador de carga acabou me
levado para uma cozinha, como o esperado, cheia de voluntários alegres e que se
acham bons, mas na verdade trabalhavam em uma prisão. Uma mulher berrou ao me
ver e eu apertei rapidamente o botão para que o elevador descesse mais uma vez,
e acabou me levando para uma garagem subterrânea.
Fase 4, completa.
...
A casa de Zayn não estava mais
repleta de guardas, mas havia uma fita amarela cercando o lugar. Assim que
estacionei o carro roubado ali na frente, tirei a blusa laranja, ficando com
outra branca que estava por baixo. Olhei para trás só para ter certeza que
havia realmente despistado os carros que me seguiram pelas ruas. Eu consegui
deixa-lo para trás entrando em um beco e usando um atalho até aqui.
Saí do carro, andando até a casa
e passando por de baixo da fita amarela. Tentei abrir o portão, mas estava
trancado, então optei por escalar as grades e entrar dessa maneira mais
inapropriada mesmo, meu dia inteiro estava daquela maneira, uma coisa a mais
não faria diferença na minha vida.
Caminhei pelo jardim, subindo as
escadas em direção a porta que, estranhamente, estava escancarada. Entrei na
casa, vendo de cara vários objetos caídos, vasos quebrados, a sala
completamente destruída. Minha boca se abriu em um “O” perfeito e eu senti algo
subir por minha garganta. Era minha culpa. Era tudo minha culpa.
Antes que eu pudesse desabar,
ouvi passos atrás de mim e me virei assustada, imaginando que já deveria ser
algum policial que me encontrou. Em vez disso, vi um rosto conhecido, cabelos
cacheados que estavam quase praticamente no ombro e olhos tão tristes e vazios
como os meus.
– Harry! – suspirei, correndo até
ele e me jogando em cima de seu corpo.
– Hope! – seus braços me
envolveram com força, abraçando-me – Deus! Hope? O que está fazendo aqui? Onde
estava? – ele me afastou pelos ombros.
– Harry, você está legal? –
ignorei suas perguntas.
– Você acha que eu estou legal? –
ele me encarou sério e temi que ele começaria a chorar ali mesmo – Eles...
Eles... Eles...
– Eu sei. – falei rapidamente.
– Eu não devia ficar aqui... Eu
tinha que ficar preso na minha casa, sendo vigiado 24h por dia! – seus olhos se
encheram de lágrimas e ele passou a mão pelos cabelos – Mas eles sumiram, Hope!
Eles sumiram! Podem estar mortos! E por que me largaram aqui? Por que não sumi
também? – uma lágrima grossa escorreu por sua bochecha e ele voltou a me
abraçar com força – Onde eles estão?
Tive que respirar profundamente
para não começar a chorar ali junto.
– Harry – foi minha vez de
afasta-los – Eu posso encontra-los. – falei, olhando fundo em seus olhos – Eu
só preciso que você me diga como foi o ataque!
Harry fungou, limpando as
lágrimas que ainda escorriam.
Não chore, Clara. Não chore. Não
chore.
– Estávamos todos aqui na sala –
ele começou, fungando a cada palavra – Niall falou que você tinha sumido e
então tentamos ligar para você e... O Zayn nos encarou estático depois de um
tempo, falando que você tinha terminado o namoro de uma semana com ele, pelo
telefone...
– Tá, Harry, sem querer ser
grossa, mas dá para pular essa parte? – mordi os lábios, começando a me sentir
ainda pior.
– Enfim, – prosseguiu – Passou
mais ou menos uma hora, e tentávamos anima-lo e quando ele disse que iria sair
para ir atrás de você... Foi... Foi quando os caras entraram por aquela porta
e... E eu só me lembro de ter levado uma pancada na cabeça e acordar dentro de
uma ambulância. Então foi isso, fui liberado do hospital e me levaram para
casa. Fugi pela janela e vim pra cá...
– Certo. – concordei – Vamos
ver... Os caras estavam mascarados?
– Sim.
– A polícia achou alguma pista de
onde eles podem estar? – perguntei, indo em direção as escadas e subindo para o
segundo andar, para Harry ao meu encalço.
– Não.
– Nenhum suspeito?
– Não.
– Nem uma digital? – entrei no
quarto que estava hospedada e arranquei o lençol do colchão.
– Não... O que você está fazendo?
Puxei o colchão para fora da
cama, revelando uma maleta que eu tinha deixado ali quando me instalei no
quarto. Eu meio que havia esquecido de pega-la para levar embora, o que podia
me causar uma baita de uma confusão se aquilo não estivesse acontecendo no
momento. Puxei a maleta, abrindo-a e revelando três armas pequenas. Vi os olhos
de Harry se arregalarem.
– Eu sei como encontra-los. –
falei, prendendo um suporte na minha cocha.
– Hope... Por que você tem armas
embaixo do colchão?
– Por que você não tem? –
perguntei de volta, não querendo responder aquela pergunta.
– Ok... – Harry deu um passo para
trás – E como você sabe encontra-los.
– Eu instalei um chip no celular
de Zayn há algum tempo... Paul também instalou, só descobri mais tarde. De
qualquer maneira, TODOS vocês, inclusive Paul foram burros de não se tocarem
disso. – carreguei uma das armas, colocando-a no suporte.
– Isso é sério? Então vamos
avisar o detetive!
Soltei uma gargalhada fraca,
carregando a outra arma e colocando em outro suporte.
– Harry, não podemos. – falei –
Isso é mais complicado do que imagina. E meio que os policiais estão me odiando
no momento... E sem mim, vocês não conseguirão nada. – peguei a última arma e
joguei para Harry.
– Eu não vou atirar em ninguém! –
ele falou rapidamente.
– Vai sim! – joguei a munição – E
essa arma é para dardos tranquilizantes.
– Oh... As suas também são?
– Hm... Claro. – mordi os lábios –
Vamos!
– Espere... Hope! O que raios
está acontecendo aqui?
Olhei os olhos verdes confusos de
Harry, ele parecia desesperado.
– Pra começar, não me chame de
Hope... – puxei uma das armas, carregando-a e fazendo o mesmo com a outra, para
que eu precisasse apenas puxar o gatilho na hora necessária – Me chame de
Clara.
Ooooooooooooe minhoquinhas lindas <3
Tudo boooooom?
MAIS UM CAPÍTULOOO!
Gostaram? :)
Espero que sim! O próximo será
Espero que sim! O próximo será
emocionate!!
Me desculpem se tiver algum erro, to
com uma gripe horrível e fiquei com preguiça
de revisar! Sorte de vocês que esse cap
estava praticamente pronto
pq se não não ia nem publicar!
Parece que a gripe afetou meu
lado criativo de ser!!!!
Chega de drama, certo, Eloisa?
Certo!!
Bom MUUUUUUUUUUITO obrigada pelos comentários <3
Lembrando, não posto todo dia, é apenas
de segunda e quinta, para que dê tempo
de eu escrever (respondendo para
uma linda anonima), ok?
Só issso!
Beijos,
Lo.
Continua xoxo isabel
ResponderExcluirCriei dois rios de lagrimas kkkk o outro vai ser emocionante ai q vo criar 83883 rios de lagrimas kkkk u.u Niall deve ter matado o cara de tanto pergunta " vai ter comida " kkk fico me imaginabdo aq Niall estresando la, e Louis kk dando patadas neles kkk u.u continuuua .. xoxo isabel .. esqeci de por em cima
ExcluirAqele dia la do cap anterior escrevi mo texto no comentario aiifui publica aq kk deu errro u.u kk net caiu
ExcluirCrl continua morri aiaiai continua S.O.S
ResponderExcluircontinuaaaaa ai mdss continuaaa mds cont.... antes q eu morra
ResponderExcluirTem que ter segunda temporada kk quem concorda diz ae xoxo Julia
ResponderExcluirEu concordo xoxo Sah
ExcluirEu concordo plenamente XoXo Tchay
ExcluirEu tbn kk xoxo isabel
ExcluirPrecisa de ADM? Alguem podia ir postando quando voce nao posta ;/ assim nao ficamos sem ler ;/ .. abre vagas por favor . Bruh
ResponderExcluirAh Elo continua logo ta super divo que do Harry,e oq aqueles caras fizeram com meu Zazz?e o meu Nini?e bom nao terem machucado eles pelo amor continuaaa
ResponderExcluirAmei continuaaaa!!! <333
ResponderExcluirElo me passa seu numero? Xoxo isabel
ResponderExcluirAaah jesus vc precisa continuar
ResponderExcluir