12/08/2014

UDBC - Cap. 06 - Lourriett



Assim que sai do hotel fui atrás de um táxi, como eu odeio não ter um carro. Tudo bem que eu também não sei dirigir, mas não é esse o foco agora. Entrei no táxi e logo recebi mais uma mensagem da minha chefe.
“Você tem meia hora”
Merda! Como eu odeio essa mulher, ela é asquerosa. Ela sabe que eu moro do outro lado da cidade e demoro mais de meia hora para chegar naquele prédio. O taxista está indo rápido, como eu tinha pedido, porém parece que o destino me odeia. Quando estávamos no meio do caminho recebi outra mensagem do capeta reencarnado na terra.
“Mais 20 minutos”
E o destino me amando do jeito que ama, fez tudo ficar parado, o trânsito parou, congestionou, resolveu parar, parou.
 – Não tem como ir por outro caminho? – perguntei para o taxista que se chamava Pedro
 – Desculpe Haz! Mas está tudo parado – ele falou, sim nos já nos conhecemos, ele é um ex-vizinho meu.
 – Mas Pedro… – resmunguei – eu vou ser demitida se não chegar a tempo.
 – Hazy, não faça com que eu me sinta mal. Você sabe que para mim você é como uma filha – ele falou – mas não tem o que fazer.
 – Faz o seguinte, eu te pago depois – falei
 – O que você vai fazer?
 – Trava o taxímetro ai – falei o ignorando e assim ele fez
 – Hazy! Olha lá o que você vai fazer – ele falou
 – Me deseje sorte – pedi
 – Boa Sorte
 – Valeu 
Abri a porta e fui correndo em direção ao maldito prédio. Esse emprego é a minha vida praticamente, ele é a porta que vai se abrir para mim, estou nele há um ano. Pode parecer pouca coisa, mas no momento é tudo o que eu tenho. Eu me dedico ao máximo para ter qualquer chance em subir e escrever matérias mais interessantes do que falar o quanto a vida de um famoso é chata e monótona. Tudo bem que eu ainda só pego café, mas isso não quer dizer que não possa virar jornalista.
Eu tenho que me agarrar a tudo que eu conseguir para atingir meu objetivo e virar uma grande jornalista. Posso parecer meio obcecada pelo trabalho, mas isso foi a única coisa que eu encontrei depois que meus pais saíram pelo mundo viajando sem dar notícia, além de que  toda a minha família se mudou para Londres. Resumindo, em Las Vegas sou eu por mim mesma. Bom, talvez era, até eu me revoltar com a vida e resolver ir beber e no dia seguinte estar casada com um desconhecido que descobri ser bem conhecido (pelos outros).
Eu corria pelas ruas congestionadas de Las Vegas, passando por meio dos carros e levando buzinadas, era tudo o que eu menos precisava. Eu sentia aquele vento de ar poluído batendo nos meus cabelos. Meus pés já doíam de tanto correr, mas eu não podia parar. Se eu chegasse atrasada era capaz da minha chefe me despedir.
“você tem 10 minutos Heloisa, rápido”
Mais uma mensagem da minha adorável chefe que me odeia e não sabe meu nome. Virei uma rua e já consegui avistar o prédio onde fica aquele maldito lugar, onde aquela maldita cobra naja é dona da revista mais famosa de fofocas. Me respondam, o que leva uma pessoa a criar uma revista de fofocas? Te respondo, tédio, muito tédio. Essa é a única resposta plausível. Uma pessoa com tédio fica pesquisando sobre outras pessoas, sendo em sua maioria, essas outras, pessoas famosas.
Entrei no prédio e vi no meu relógio. Ainda tenho dois minutos. Apertei o botão do elevador e nada dele chegar. Olhei no relógio. Um minuto. Merda!! 
Abri a porta que dá acesso a escada de emergência e subi correndo. Acho que nunca subi uma escada tão rápido em toda a minha vida. Assim que cheguei no andar corri ate a sala de Jenne e entrei.
 – Achei que não viria – ela falou de costas para mim
 – Estava longe. Mas acho que não me atrasei – falei tentando normalizar minha respiração
 – Sabe, da próxima vez irei demitir você, nunca mais... – ela parou de falar assim que viu e me encarou – eca, que nojo de você Helena. Esta toda suada.
 – Desculpa, tive que vim correndo – falei ofegante
 – Chamem a Chong – ela falou se sentando na cadeira.
Chong, a chinesa ou japonesa, nunca sei, que tem um cargo igual ao meu. Pequenas matérias e pegar café. Nós duas temos uma pequena rivalidade, sempre nos desentendemos. Mas tudo bem. Assim é a minha vida, uma colega de trabalho que me odeia e um desconhecido que e meu marido. Pelo menos ele não é nem um maníaco que quer me matar. Eu acho.
 – Chamou Jenne? – Chong perguntou
 – Vocês duas são minhas melhores funcionarias – Serio? Ownt, obrigada – Porem eu só tenho uma vaga para promover – ela falou com um sorriso diabólico – essa vaga é na empresa do meu marido, em Londres.
 – Londres? – Chong perguntou perplexa
 – Sim, ele é dono do The sun – ok, minha boca esta no chão – e ele esta querendo alguma jornalista nova, achei que minhas duas melhores funcionarias poderiam ajudar, não é
 – E o que temos que fazer para conseguir isso? – perguntei, não deixaria essa oportunidade passar.
 – Vocês duas irão entrar em um estagio no The Sun, a que melhor se der bem fica por lá com trabalho fixo e a outra volta para cá – ela falou e nós duas concordamos
 – Mas vamos ficar aonde?  – Chong perguntou
 – Se virem, esse problema é de vocês – ela falou e se sentou na sua cadeira que gira – o que vocês ainda fazem aqui? Vão! – grossa.
 – Antes, quando vamos para Londres e quanto tempo vamos ficar por lá? – perguntei
 – Vão em três dias e ficam o tempo que meu marido achar necessário – ela falou e nos duas saímos.
Eu não consigo acreditar que essa porta se abriu para mim, é um milagre. Depois de um ano inteiro fazendo pequenas matérias aleatórias eu tenho a chance de trabalhar no The sun.
 – Você sabia que o marido dela era dono da The Sun? – perguntei para Chong
 – Ex-marido, mas ela não admite o término – ela falou – só espero que esteja tudo bem por você ter que voltar para Las Vegas depois
 – Acho que não vai ser eu que vou voltar, Chong – falei
 – Tenho certeza, pois eu vou ganhar – ela respondeu
 – Claro, ganhar a passagem de volta – falei e me retirei daquele prédio. 
No momento eu tenho um problema maior. Estou sem casa aqui, imagina em Londres? Acho que posso ficar um tempo na casa de uma prima minha. Meu outro problema é aonde eu vou morar lá em Londres. Fora que tenho que provar que eu e Louis estamos tentando fazer o casamento dar certo. Onde ele mora mesmo?
Cheguei ao hotel acabada, primeiro que eu não achei nem um taxi, ou seja, tive que praticamente atravessar a cidade a pé. Nossa, porque não pegou metro? Sem dinheiro. Pois é, ate tentei dar uma de mendiga, mas não consegui dinheiro.
Enfim, cheguei ao hotel morrendo, me arrastando feito uma minhoca. A minha sorte foi que um dos seguranças me reconheceu e me deixou entrar. Subi para o quarto dos meninos e entrei, lá dentro eu so encontrei Eleanor dormindo no sofá. Deitei no chão e pensei. Pensei na porta que se abriu para mim, um estagio no The Sun é tudo o que eu mais queria no momento.
Mas nem tudo era perfeito, por um lado tinha Louis, nós temos que se separar o quanto antes. Não posso mais aguentar isso, acho que pela primeira vez na minha vida eu posso falar. Vida de casada não é fácil. Tudo bem que a vida que eu estou levando não bem a vida de casado que todos pensam. Na verdade de casal nos dois não temos nada. Mas o juiz quer que tentemos que esse casamento dê certo, e é isso que vamos ter que fazer: o casamento funcionar.
Sem me conter eu gritei, gritei de felicidade, alegria, medo, frustação. Simplesmente gritei para liberar o que esta dentro de mim.
 – Quem morreu? – Eleanor acordou no susto
 – Desculpe, eu precisava gritar – resmunguei morta no chão
 – Que susto Harriett – Els falou – o que a sua chefe, destruidora de vidas, queria?
 – O ex-marido dela é dono da The Sun, e ele quer duas jornalistas e ela me indicou junto com outra menina que trabalha comigo – Falei – Sabe o que isso quer dizer? – Els negou com a cabeça – Que você esta falando com a mais nova estagiaria do The Sun
 – Serio? – ela perguntou toda feliz e eu confirmei com a cabeça – Meus parabéns
 – Sim, imagina se eu sou promovida e ganho uma sala – falei com um enorme sorriso
 – Aquelas que tem uma plaquinha com o nome? – ela perguntoue novamente eu concordei – Harriett Tomlinson
 – Não, Harriett Callan – rosnei
 – Querida, você está casada, agora é Tomlinson. – Els falou me olhando com uma cara do tipo “sua burra, entenda, você se casou”.
 – Ok, mas é só por mais seis meses – falei resmungando enquanto me levantava do chão
 – Você ouviu o que falou? Hazy, seis meses é muito tempo, é tempo suficiente para vocês se apaixonarem – Els falou – eu apoio totalmente vocês dois como casal.
 – Els... – resmunguei me tacando no sofá
 – Seria Houis ou Lorriett? – ela perguntou
 – Que nomes são esses? 
 – São os ships de vocês
 – ELS!  – adverti
 – Ok, parei, mas se lembre, vocês vão se apaixonar
—Claro, depois casaremos. Ops, já somos casados, pulamos uma pequena etapa, a de se apaixonar, acho que essa era importante.
 – Haz...
Assim nos duas ficamos quietas. Acho que Els percebeu meu fedor e se calou, nunca discuta com uma mulher fedida, ela já vai estar revoltada pelo próprio fedor, fica muito mais difícil.
 – Hazy, eu não queria comentar, mas você esta fedendo – ela falou
 – Eu sei, mas to com preguiça de pegar alguma roupa na minha mala – falei apoiando minha cabeça em minhas mãos
 – Não seja por isso, eu te empresto roupas – ela falou e me puxou ate a sua mala. De lá ela tirou um vestido florido, com uma sapatilha e um casaquinho rosa claro por cima.
 – Eleanor, quem você acha que eu sou para usar vestido? – perguntou com as sobrancelhas levantadas
 – A mulher de Louis Tomlinson – ela falou com um sorriso sapeca
 – Nossa, morri de rir por dentro – fiz minha melhor cara de morta
 – Agora para de reclamar que seu fedor esta me enjoando – ela falou e se retirou do quarto. 
Fui ate o banheiro e enchi a banheira. Sim, vou tomar banho de banheira, sou chique. Entrei nela e fiquei relaxando. Eu sentia a agua relaxando meus músculos.
 – Hazy, vou sair, qualquer coisa me liga, deixei meu numero escrito em um papel que esta na mesinha da sala – ouvi Els gritar
 – Ok – gritei de volta.
Fiquei ali, relaxando e pensando na vida. Para falar a verdade eu mais relaxei do que pensei. Porem meu relaxamento foi quebrado pela porta abrindo. Deve ser Eleanor. Nem me dei ao trabalho de falar com essa possível pessoa. Depois de mais um tempo, tomei uma ducha para tirar o sabão e me enxuguei. Me olhei no espelho e odiei o que vi, como eu poderia ter me transformado nessa menina? Eu já cheguei a ser uma mulher. Em um tempo distante. Bem distante. Coloquei o vestido florido que Els me emprestou e sai do banheiro. Não tinha ninguém no quarto, Eleanor deve estar na sala.
Caminhei calmamente ate a sala e encontrei Louis somente com a calça de um moletom. Que corpo era aquele meu deus? Os braços definidos, o tanquinho não muito definido, mas perfeito como ele. Hazy, se concentra mulher, ele não é perfeito. Maldita voz fina de mentira. NÃO ECOE PELA MINHA MENTE!
 – Louis? – perguntei e ele ergueu a cabeça assustado
 – Harriett? – ele perguntou e eu tampei meus olhos e fiquei de cosas para ele – Achei que estivesse sozinho, desculpa.
 – Desculpa eu, esse quarto de hotel é seu. 
 – Mas temos que viver como um casal – ele resmungou 
 – Você pode por uma camiseta? – perguntei e ele riu pelo nariz
 – Até parece que nunca viu um homem sem camisa – ele falou – Você é virgem?
 – Não sou virgem, sou uma pessoa normal que não é mais virgem – falei com as bochechas vermelhas, não queria me lembrar de meu antigo relacionamento.
 – Então você já transou – ele falou – pode tirar a mão dos olhos, já coloquei uma camisa
Assim fiz, tirei as mãos dos olhos e me virei para ele
 – Louis...
 – Entendi, você não faz sexo, faz amor – ele falou em tom de deboche
 – Não que te interessa, mas sim, eu já transei – falei com uma certa raiva na voz, rle me encaoru divertido – Se preferir, eu já “trepei”
 – Então não foi amor? – ele perguntou sorrindo divertido
 – Aquilo foi longe de ser amor. 
 – Ok – ele falou erguendo os braços em rendimento ao perceber que entrou em uma área restrita. 
Revirei os olhos e me sentei no sofá, longe dele. Ele se sentou no mesmo sofá que eu, porem longe de mim.
 – Quer assistir algum filme? – ele perguntou enquanto passava os canais
 – Assistir? Para que, eu estou adorando ver você passar canais descontroladamente – falei sarcástica
 – Ótimo – ele falou e continuou passando os canais me fazendo revirar os olhos.
Acho que ficamos alguns minutos em silencio, só observando os canais passarem.
 – Harriett – Louis começou porem e interrompi
 – Pode me chamar de Hazy 
 – Ok, Hazy, você acha que vamos conseguir a anulação? 
 – Claro, não tem motivo para o juiz não conceder isso – falei dando de ombros.
 – Vocês dois estão em todos os jornais – Harry falou entrando correndo no quarto de hotel.
 – Como assim? – perguntei
 – Aqui – ele me entregou um jornal onde eu li a manchete.
 “Louis Tomlinson, membro da banda One Direction, esta com outra?”


Heeey
Estão gostando?
Espero que sim.
Um beijo e um queijo
Tália

Um comentário:

  1. oi amor, amei seu blog e queria saber se poderia divulgar o meu em alguma de suas postagens, obrigado desde já! http://imagines-4-directioners.blogspot.com.br/

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