12/23/2014

UDBC - cap 20 - Oque tem na cabeça dela?

(POV Harriett)
Eu odeio o fato de ter que fingir ser um casal perfeito. Odeio mais ainda ter que aturar Louis do meu lado falando recomendações para não assustar sua família. Até parece que eu sou um monstro.
– Não esqueça, minhas irmãs são ciumentas. Elas não gostavam de nem uma outra ex namorada minha. – Louis falou e eu o encarei, já era a décima vez que ele me falava a mesma coisa. – E meu pai é rigoroso, não implique com ele. – ele falou e eu olhei para a janela esperando algo mais interessante acontecesse, não aguentava mais ouvir Louis me recomendando sobre como agir perto de sua família. – Harriett, você está me ouvindo?
– Sim Louis, ouvi da primeira vez que você falou, quando estávamos arrumando a mala, também ouvi quando você falou, depois que arrumamos as malas e quando colocamos as malas no porta-malas, quando entramos no carro, quando o carro saiu de Londres, quando fizemos a primeira e a segunda parada. Ouvi todas as vezes. – falei me irritando e tive certeza que Louis revirou os olhos.
– Okay, mas por favor. Seja legal. É a minha família – Louis falou e o encarei.
– Eu não sou o monstro que você pensa que sou. Você não me conhece, não sabe nada sobre mim. Não me venha me falar em como agir. – falei aumentando o tom de voz em cada frase.
– Desculpa.. – Louis sussurrou e logo um silêncio se instalou no carro.
Louis dirigia calmamente enquanto eu tentava me lembrar dos nomes de suas irmãs. Algo como Charllote, Carlota, Marlota. Realmente não sei, tenho certeza que ouvi o nome Johanna. Mas quem seria a Johanna? Tem Fizzy, essa eu tenho certeza. Mas só essa.
– Louis. – falei depois de um tempo em silêncio – Quais são os nomes da sua família mesmo?
– Minha mãe se chama Johanna, meu pai Mark. Minha irmã mais velha Charllote, depois Felicite, e as gêmeas, Daisy e Phoebe. – Louis falou sem tirar os olhos da estrada.
– Eles sabem que você está levando alguém? – perguntei e Louis negou com a cabeça.
– Eles acham que eu to levando algum dos meninos. – Louis deu de ombro.
– Serio? Mas, e se eles não gostarem de mim? Eu quero causar uma boa impressão. – falei preocupada e Louis soltou uma risada sem ânimo.
– E por que? Não somos casados por vontade própria. Em quatro meses iremos nos separar – Louis falou e eu o encarei – Além do mais, você disse que eu nem te conheço.
– Louis. Eu sei que fui grossa, mas poxa, é a sua família. – falei – A família do meu suposto casamento.
– Harriett, relaxa. Nada pode ser tão ruim quanto casar bêbado. E você já passou por isso. Se sinta feliz. – Louis falou e eu sorri. Afinal era verdade.
~x~
Louis parou o carro em um posto de gasolina, assim os dois desceram enquanto abastecia o carro. Harriett caminhou calmamente até a loja do posto, compraria comida para a viajem, Louis seguia logo atrás dela. Assim que os dois entraram perceberam que a loja estava meio vazia. Tinha um casal de velhinhos, duas adolescentes e dois homens ali.
Harriett pegou dois pacotes de salgadinhos enquanto Louis pegou duas águas. Assim que Louis passou pelas adolescentes para pagar elas soltaram um pequeno berro, que acabou assustando Louis. Harriett caminhou até ele para ver se estava tudo bem.
– Ai meu deus, é Louis Tomlinson. – uma das meninas falou e Louis sorriu, duas fãs.
– Oi, vocês querem fotos? – Louis perguntou e as duas afirmaram com a cabeça.
– Enquanto você tira as fotos eu vou indo pagar. – Harriett falou pegando as duas águas da mão de Louis.
– Isso mesmo vadia, já que tá com ele pela fama e pelo dinheiro, pode pelo menos ajudar ele a tirar fotos com as fãs. – a mais baixa das fãs falou e Harriett a encarou sem saber o que fazer. Não estava acostumada a ser odiada.
– Fala alguma coisa vadia! Ou nem se defender você sabe?
– E-Eu, eu to indo pagar e depois vou para o carro. – Harriett falou segurando as lágrimas.
– Isso, foge! – Uma das fãs falou e Harriett a encarou com uma certa raiva, mas se controlou. Não queria chorar na frente delas e muito menos na frente de Louis.
– To indo. – ela falou e foi até o caixa, por sorte estava vazio e ela conseguiu pagar rápido e sair daquele lugar. Logo estava no carro, deixando uma ou outra lágrima escapar.
Se arrependia de não ter falado nada, mas que culpa tinha, sempre odiara brigar com os outros. Entrar em brigas ou qualquer outra coisa. Ali estava Harriett, no carro de Louis, segurando suas lágrimas enquanto desejava não ter ido naquele cassino.
Logo o barulho de porta abrindo tira Harriett dos pensamentos e ela vê Louis. O encara e logo abaixa a cabeça. Ela não queria ter que olhar para ele. Louis, sem dizer nem uma palavra liga o carro e volta ao seu percurso. Porém agora sem recomendações, sem pequenos diálogos e sem brigas. Só os soluços involuntários de Harriett.
Depois de mais ou menos meia hora nisso, Louis estaciona o carro e encara Harriett, a menina está de cabeça baixa e uma ou outra vez limpas as lágrimas.
– Harriett. – Louis falou e ela não responde – Harriett, eu sei que não foi legal, mas...
– Mas o que? Vai defender elas por que são suas fãs? – Harriett perguntou e Louis conseguiu perceber que a menina chorava mais do que demonstrava.
– Não, mas poxa. Isso nunca tinha acontecido. – Louis fala e se aproxima de Harriett. – E prometo que se acontecer de novo eu vou te defender.
– Louis... Falta quatro meses. – Harriett falou e Louis a encarou sem entender – Quatro meses para aquela audiência. Em quatro meses não estaremos mais juntos – Harriett ergueu a cabeça e Louis pode perceber que seus olhos estavam inchados e seu nariz vermelho.
Louis sem conseguir se segurar a abraçou. Harriett se assustou, mas depois retribui o abraço. Aquela era a primeira vez em dois meses que eles trocaram algum tipo de carinho.
– Eu prometo, não vai acontecer de novo e caso aconteça eu irei te defender. – Louis falou no ouvido de Harriett e a mesma sentiu seus pelos da nuca se arrepiarem. Novidade para ela. O que estaria acontecendo com Harriett?
Logo Louis voltara a dirigir. Estacionou o carro na frente de uma bela casa, casa que Harriett sabia que nunca teria a possibilidade de morar. Por ser grande, bonita e cara. Harriett saiu do carro e caminhou até a porta da casa, que Louis falou para tocar a campainha enquanto ele pegava as duas malas, e assim ela fez. Tocou a campainha e logo uma mulher atendeu a porta. 
Ela era morena, belos olhos, era visível alumas rugas e em seu rosto um belo sorriso estava estampado. A mulher usava uma calça jeans, um moletom com uma rena de nariz vermelho e um pequeno avental. Ela olhou para Harriett em dúvida e logo disse:
– Acho que deve ser fã, Louis ainda não chegou, mas logo deve estar chegando. – A mulher falou com um sorriso cansado.
– Acho que você... – Harriett falou, porém a mulher lhe cortou.
– Se quiser esperar ai fora, mas não acho que seja uma boa ideia, está frio. E eu não posso convidar você para entrar, estamos em família...
– MÃE!! – Harriett ouviu Louis berrar e a mulher abriu um sorriso gigante.
– Boo Bear. – Johanna falou e Louis largou as duas malas e foi abraçar a mãe.
– Estava com saudades. – Louis falou e Harriett riu.
– Eu também, mas posso saber para que duas malas? – Johanna perguntou e Louis coçou a nuca.
– Uma é da minha esposa… – Louis falou e Johanna encarou Harriett, que corou e acenou com um pequeno sorriso.
– Esposa? LOUIS, sei que estava bravo com a gente, mas se casar e não nós convidar? – Johanna o repreendeu e se virou para Harriett – Me desculpe pela minha indelicadeza, mas não sabia que meu filho estava CASADO, com você. – Ela falou a palavra “casado” olhando para Louis. – Entre, a família vai adorar te conhecer.
– Claro e á proposito, meu nome é Harriett. – Hazy falou e Johanna abriu um sorriso
– Belo nome, o meu é Johanna. – a mãe de Louis falou – Mas me chame de Jay.
– Okay, Jay!
Johanna e Harriett entraram na casa conversando algo sobre natal e tudo mais. Logo atrás vinha Louis com as duas malas. Johanna para na sala, que estava vazia, e fala:
– Vocês dois esperem ai. Vou chamar os outros, suas irmãs estão morrendo de saudades.
E assim ela subiu as escadas e Louis colocou as malas perto da escada e se aproximou de Harriett.
– Para um dia 23 de dezembro isso está muito quieto. – Louis falou e Harriett o encarou confusa.
– Costuma ser meio agitado aqui? – Ela perguntou e Louis concordou com a cabeça.
– Normalmente as gêmeas estão correndo de um lado para o outro, enquanto Lottie e Fizzy tentam fazê-las pararem. Ai começa alguma gritaria por alguém que caiu e a culpa não foi de ninguém. No fim a culpa é minha, sendo que eu estava em outro continente.
– Não exagera Louis. – Harriett ouviu uma voz mais fina e encarou. Uma menina de cabelos longos, ela vestia uma calça jeans, um suéter vermelho com uma árvore-de-natal colorida estampada e pantufas com carinhas de duendes. – Prazer, meu nome é Charllote, mas pode me chamar de Lottie. Sou irmã do Louis.
– Prazer, sou Harriett. Esposa do Louis.
– Serio?????? Eu achei que Louis nunca fosse casar. – Lottie falou rindo e Harriett acompanhou a risada.
– Vou lhe dizer que ele não leva jeito para a coisa. – Harriett falou rindo e Lottie riu mais ainda quando Louis emburrou a cara.
– Ele deve ser horrível com tudo. – Lottie falava entre risadas em quanto Harriett também ria.
– Você nem imagina.
– Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui. – Louis protestou, mas foi impedido de continuar seu drama por duas menininhas que pularam em cima dele.
– Boo, a Daisy falou que você não viria. – Uma delas falou e Louis riu.
– Não falei nada. – a outra protestou e revirou os olhos exatamente como Louis
– Daisy, Phoebe. – Uma menina de cabelos curtos e castanhos desceu a escada correndo e gritando.
– Olha Fizzy, Louis está casado!! – Lottie disse e Fizzy caiu na gargalhada.
– Quem é a azarada? – Fizzy perguntou e Harriett corou.
– Eu! – Harriett falou erguendo a mão.
– Tenho pena de você, – Fizzy falou rindo – meu nome é Felicite, me chame de Fizzy
– Harriett, pode escolher qualquer apelido. – Harriett falou sorrindo.
– Gostei de você. Tem senso de humor. – Fizzy falou e Lottie revirou os olhos, igual uma das gemeas e Louis.
– Você nem conhece ela para dizer que ela tem senso de humor.
– Mas ela não tem cara de metida como todas as outras. – Fizzy falou.
– Mas eu gostava de Eleanor... – Daisy falou e Fizzy concordou.
– Eleanor era legal, mas pelo visto Louis terminou e casou com Harriett. – Lottie explicou.
– O que será que tem na cabeça dela? – Fizzy perguntou e Phoebe que estava no colo de Louis saiu rapidamente para entrar na conversa das meninas.
– Cérebro? – Phoebe perguntou e Lottie, junto a Fizzy, negou com a cabeça.
– Com certeza não é cérebro. – Lottie falou.
– Mas então... O que será? – Fizzy perguntou pensativa.
Harriett caminhou para o lado de Louis que encarava as irmãs de um jeito estranho, quase psicopata.
– Elas sempre fazem isso? Conversam sobre a pessoa como se ela não estivesse aqui? – Harriett perguntou e Louis concordou.
– Principalmente quando o assunto é eu, ou algo relacionado comigo… – Louis falou e deu de ombros.
– Bom saber que estou relacionada a você. – Harriett resmungou e Louis revirou os olhos.
– Sabe, normalmente, claro que isso é um palpite meu, mas normalmente a esposa de alguém é relacionada a esse alguém. Só um palpite meu. – Louis falou em tom de deboche e Harriett o encarou seria.
– Okay, entendi. Somos casados. – Harriett falou e Louis a encarou divertido.
– Então, esposa, você quer ir comer alguma coisa? Ser a esposa de Louis Tomlinson deve ser cansativo. – Louis falou e soltou uma risada de deboche.
– Okay, senhor convencido. Vamos até a cozinha comer alguma coisa. Acho que ser assim, tão cheio de si, deve dar muita fome. – Harriett falou e Louis soltou uma risada.
– Me siga. – Louis falou e saiu andando em direção à cozinha.
Suas irmãs ainda discutiam sobre Harriett e Louis, tudo enquanto Louis e Harriett, o assunto, saiam de fininho da sala. Assim que os dois chegaram na cozinha levaram um susto. Ali, para Harriett, estava um homem, com os olhos de Louis, o sorriso de Louis, porém aparentava ser muito rígido, um completo estranho para Harriett. Já para Louis, seu pai estava na cozinha.
Louis travou assim que viu o pai. Sua relação com a família não ia muito bem e trazer uma esposa do além não ajudaria nada. Louis estava dividido em mentir ou dizer a verdade.
O homem, que Harriett resolveu que era melhor não ficar perto, se levantou e caminhou até os dois jovens que estavam parados e disse:
– Vejo que chegou Louis. Quem é essa?

Hey,
tudo bem?
Eu to feliz :3
Amanhã é aniversario do Louis,
depois natal e depois o meu aniversario!!!!
Um beijo e um queijo
Tália

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