12/22/2014

UDBC - Cap 19 - Tentar não matar



– Oi… – Erika deixou a frase morrer no meio, ela não sabia como continuar. O menino em sua frente era bem atraente.
– Oi. – ele falou e ela percebeu que sua voz era rouca. – Está tudo bem?
– Sim, mas é que você ficou me encarando e…
– Desculpa, acho que não era minha intenção te assustar. – o menino da touca preta falou e Erika riu.
– Achei que você precisasse de ajuda. – Erika falou meio envergonhada.
– Você achou que... Pera, não veio falar comigo para mais nada?
– Não
– Bom, meu nome é Harry. – ele falou e Erika o encarou.
– O meu é Erika. – ela falou estendendo a mão e apertando a mão de Harry.
– Quer se sentar e tomar café comigo, Lady? – Harry falou fazendo uma saudação meio exagerada.
– Claro, cavalheiro. – Erika fingiu estar de vestido e saudou Harry.
Harry guiou Erika até uma mesa e os dois se sentaram.
~x~
– Oi – Rafa falou e o misterioso homem de touca preta se virou e a encarou curioso, ela percebeu ser um jovem – Sem querer ser chata e nem nada, mas você poderia me dar o pudim?
– Não, o pudim é meu. – ele falou e Rafa revirou os olhos.
– Tá, mas eu pago pelo pudim.
– Não.
– Mas eu amo pudim. – Rafa protestou.
– Eu também amo pudim.
– Por favor, eu quero muito comer esse pudim.
– Pede um outro.
– Não dá.
– Porque não dá?
– Acabou o pudim – Rafa falou encarando o chão.
– Então a gente faz o seguinte, divide esse pudim e depois cada um paga metade do pudim.
– Okay! – Rafa falou sorrindo.
– Lucas, meu nome é Lucas. – Ele falou estendendo a mão e Rafa a apertou sorrindo.
– Rafaela, mas pode me chamar de Rafa.
~x~
– Oi. – Gabriela falou e encarou o menino de touca preta – Eu não te conheço?
– Eu acho que não. – Ele falou e se virou abrindo um sorriso.
– É claro que eu te conheço. – Gabi falou sorrindo.
– Gabriela Callan, quanto tempo. – ele falou abraçando Gabi.
– Stevie, Louis Stevie. Achei que tinha sumido nesse mundo. – Gabi falou sorrindo.
– E como vai a sua vida perfeita?
– Bem imperfeita ultimamente.
~x~
– Que cara burro. – Louis falou e Harriett revirou os olhos.
– Não xinga ele. – Hazy tentou defender o personagem do filme.
– Como não xingar? – Louis falou encarando a TV.
– Ele fez isso por amor.
– Com certeza não foi amor-próprio.
– Louis, Jake não subiu nesse pedaço de madeira porque Rose estava morrendo e não conseguia ficar sentada.
Louis a encarou com uma cara de tédio e se levantou do sofá indo até a cozinha, logo ele volta com um pedaço de giz. Ele afasta a mesa de centro e o tapete e desenha no chão o contorno do pedaço de madeira que Rose fica deitada e encara Harriett.
– Deita ali. – Louis fala apontando para o desenho.
– Louis...
– Sem Louis, só deita.
Harriett revira os olhos e se deita no chão e logo em seguida se deita que nem Rose, ocupando todo o espaço.
– Mulheres são espaçosas – Louis comenta baixinho e deita praticamente em cima de Harriett, essa se revira e logo os dois estão deitados no chão. Dentro do contorno.
– Já posso levantar? – Harriett pergunta e Louis nega com a cabeça
– Você está dentro do contorno?
– Meu corpo sim, meu pé não...
– Mas seu pé não faz parte do seu corpo?
– Faz...
– Mas...
– Tem alguma solução?
– Deita de lado. – Louis fala e Harriett se vira para Louis que a encara, digamos que meio admirado.
Louis também se virou e agora os dois estavam deitados de lado, um virado para o outro. Se encarando. Ali havia uma ligação que nem um dos dois tinham percebido ainda. Talvez uma ligação muito importante que mudasse tudo. Mudasse a vida deles. 
Harriett se levantou e ali ela resolveu ignorar aquela ligação por tempo indeterminado. Talvez ela ainda não estivesse pronta para descobrir o que aquilo significava.
~x~
– LOUIS! – Harriett gritava pela casa enquanto procurava por Louis. Eles iram se atrasar para a terapia de casal se não saíssem de casa agora. O que ajudava era que Louis não estava em lugar nem um. Bom, pelo menos nos lugares que Harriett procurava ele não estava. Como cozinha e sala.
– LOUIS!
– AQUI! – ele falou descendo a escada e ela o encarou e saiu apressada da casa. – É para mim te seguir? – Louis perguntou saindo da casa também.
– De preferência, agora é a terapia em casal. – Hazy falou revirando os olhos. E Louis abriu um sorriso maldoso. Ele adora irritar Harriett, principalmente quando eles são obrigados a fingir que se amam depois. Harriett andou calmamente até o carro de Louis. Essa seria a primeira vez que ela iria com ele.
Talvez fosse um avanço, poderia dizer que eles até conseguiam ficar no mesmo carro por vinte minutos sem se matar. Ou era uma obrigação. Talvez para Louis poderia estar se tornando um prazer. Já para Harriett, poderia estar se tornando uma coisa normal aturar Louis.
Logo eles chegaram no consultório da terapeuta. A sorte deles era que a nevasca tinha dado uma pausa. Eles desceram do carro calmamente. Louis sorrindo, como se tivesse apaixonado – nada impossível – e Harriett com cara de poucos amigos. Assim que eles entraram no consultório a terapeuta os encarou sorrindo e os dois sentaram.
– Como está o casal? – ela perguntou, Louis sorriu e Harriett revirou os olhos. A terapeuta até estranhou, normalmente eles tentavam fingir algo.
– Nada bem, esses últimos dias não tem sido fáceis. Mas nós dois resolvemos entrar em trégua. – Harriett falou tudo de uma vez – Ainda tem o problema da minha família e minha prima louca que me odeia veio passar um tempo em Londres. – Harriett contou tudo que lhe aconteceu durante a semana. Desde sua prima até seu trabalho. Ela só não mencionou Louis no meio em nem um momento.
– Ok, vejo que sua vida não é fácil. Mas e seu casamento? – a terapeuta perguntou e Harriett suspirou.
– Não podemos pular essa parte? – ela perguntou e Louis se fez de ofendido ao seu lado.
– Não. – a terapeuta falou e Harriett revirou os olhos.
– Okay, passo para o Louis. – Harriett falou e Louis abriu o maior sorriso.
– Bom, nós entramos em um acordo. Sem mais brincadeiras e idiotices. – Ele falou e a terapeuta o encorajou a falar mais. – Acho que cansamos de brigar…
– Isso é muito bom, mas como vocês se sentem assim, sem brigar? – Ela perguntou e Harriett deu de ombros.
– Nada de diferente, só um alívio em saber que quando chegar em casa não terá brigas. – Harriett falou e Louis concordou ao seu lado.
– E aproveitando o assunto. Aonde o casal vai passar o natal e o ano novo? – A terapeuta perguntou e os dois a olharam estranho.
– O que isso tem a ver com a gente? – Harriett perguntou.
– Verdade, ela vai para algum lugar e eu vou passar com a minha família. – Louis falou e a terapeuta sorriu.
– Ótimo! Quero, que os dois passem o natal e o Ano Novo, juntos.
– Mas juntos como? – Louis perguntou ficando irritado.
– Aonde você vai passar o natal e o Ano Novo? – A terapeuta perguntou e Harriett encarou seus pés.
– Na casa de Louis, aqui em Londres. – Ela falou baixinho.
– Sua casa também. – A terapeuta falou e Louis revirou os olhos. – Quero fotos dos dois juntos, no ano novo e no natal. Quero fotos da Harriett com seus familiares e dos dois sendo um casal. Querem que esse casamento dê certo? Tentem.
Como isso é possível? Quando duas pessoas não querem nem olhar na cara uma da outra o destino faz de tudo para ficarem juntas. 
Harriett e Louis se encararam e se levantaram para ir embora dali. 

Heey
Tudo bem com vcs?
Sabe quantos dias faltam?
Pois é QUATRO!!!
kkkk
Um beijo e um queijo
Tália

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