UDBC - Cap 21 - Sem barulho

– Pai... – Louis murmurou sem saber o que falar, para ele, morrer era uma boa opção neste momento.

– Prazer, sou Harriett, a esposa do Louis. Você deve ser o Mark. Pai do Louis – Harriett falou quando percebeu que o Louis estava travado. Assim que ela falou, Louis teve a certeza que não usaria essas palavras.

– Isso mesmo, Mark. – o pai de Louis falou. 

– LOUIS!! VEM AQUI RAPIDO!!! – Louis escutou sua mãe chamar e encarou Harriett.

– Vamos lá comigo? – ele perguntou e Harriett concordou com a cabeça.

– Para quê isso, me deixe conhecer sua esposa. – o pai de Louis falou isso sério ainda.

– Isso, vai lá Louis. – Harriett falou sorrindo e Louis saiu da cozinha meio relutante, não queria deixar Harriett e seu pai sozinhos. Tinha certeza que seu pai faria de tudo para mostrar que Louis era a pior pessoa do mundo. Não que isso (Hazy pensar que ele era a pior pessoa do mundo) fosse incomodar ele. Talvez incomodasse um pouco, mas bem pouco. Pouquinho.

Louis subiu as escadas e foi em direção ao seu quarto. Lá encontrou sua mãe. A mesma olhava para a cama de casal que Louis tinha ali. E com calma ela falou:

– Louis, sei que agora que você esta casado, algumas coisas vão mudar.

– Mãe... Se é sobre o quão irresponsável eu fui, por favor. Não. Não quero ouvir isso agora.

– Boo Bear. Você me vem aqui, namorando Eleanor e me volta CASADO com uma menina que eu não conhecia?

– Mãe... Eu juro que se pudesse, eu explicaria.

– Louis, não vou brigar com você. Só vou deixar bem claro, nada de gemidos muito altos a noite – Assim a mãe de Louis saiu pela porta do quarto, deixando Louis boquiaberto para trás.

Tudo bem que ele teria que fingir estar casado com Harriett, mas sua mãe pensar, que mesmo se realmente estivesse casado, ele faria isso, na mesma casa em que suas irmãs, seus anjos, estão. Ele nem é tão tarado assim, ainda para ficar comemorando uma lua de mel fora de época.

Calmamente Louis desceu as escadas e encontrou Harriett, seu pai, sua mãe e suas irmãs em uma conversa animada. Aquilo era inacreditável. Nunca uma namorada de Louis tinha se dado bem com sua família. Era lei, suas irmãs tinham que odiá-la e seu pai botar medo. 

Era como se Harriett tivesse sido feita para irritar Louis, pelo menos era o que ele sentia naquele momento. Já que de uma hora para outra ela resolveu ser legal, fazer sua família gostar dela e ficar bonita. Não que ela já não fosse. 

Louis resolveu guardar esse pensamento para ele. Podia ser arriscado falar. Ainda mais nesse momento, que de duas, uma. Ou a Harriett resolveu ser legal, ou ela foi abduzida. Provavelmente a segunda.

– Mark, para a janta de natal e de aniversario do Louis precisarei ir ao mercado. – Johanna falou e Mark a encarou na dúvida. – Você vai comigo.

Assim Jay e Mark se levantaram e saíram para ir ao mercado. Louis caminhou até o sofá e se sentou do lado de Harriett. A mesma o encarou e sorriu.

– Amei sua família. – Ela cochichou e Louis sem perceber sorriu.

– Pelo visto eles gostaram de você – Louis respondeu no sussurro de volta

– Boo – Lottie chamou Louis e o mesmo o encarou – Quando você vai embora?

– Não sei, acho que depois do ano novo. Porque? – Louis respondeu encarando curioso a irmã

– Você sempre fica pouco.

– Lou... – Daisy miou e Louis a encarou com um sorriso no lábio.

– Fala pequena. – ele a puxou para seu colo e ela rodeou o pescoço de Louis com seus braços

– Você e Harriett já se beijaram? – ela perguntou e Louis arregalou os olhos.

– Porque esse pergunta pequena?

– Porque eu vi em um filme que um beijo de amor verdadeiro é muito poderoso. – ela falou baixinho e Louis olhou para Harriett, a mesma brincava com Lottie, Fizzy e Phoebe.

– Mas o que a pessoa sentiu quando deu o beijo? – Louis perguntou baixinho e Daisy soltou um risinho.

– A pessoa sentiu a bariga formigar, as mãos suarem e ele falou que não queria soltar ela nunca mais. – Daisy falou sorrindo.

– Entendi – Louis falou sorrindo bobo, o bom era que ele não tinha sentindo isso por Harriett, ou seja, nada de amor para Louis.

– Você sentiu isso quando beijou a Hazy? – Daisy perguntou esperançosa e Louis negou com a cabeça.

– Não beijei ela ainda. – Louis cochichou – Acho que temos que esperar.

– Entendi. – Daisy falou e correu em direção ao tapete onde as irmãs de Louis e Harriett brincavam de cócegas.

Louis ficou ali, primeiro sua mãe, que detectava mentiras a quilômetros de distância, agora sua irmãzinha. Era como se sua família inteira soubesse que de algo que Louis não sabia, mas mesmo assim ninguém contasse. 

Custava fingir que eles eram uma merda de um casal? Mas o contrário, todo mundo gostou.

Será que eles não iam perceber que Louis e Harriett não eram um casal. Ou talvez eles tivessem percebido algum sentimento que nem um dos dois perceberam ainda.

~x~

Tem vezes que nós só temos que esperar, esperar algo acontecer. A espera é cansativa, mas quando chega a hora de descobrir o prêmio. É nessas horas que tudo vale a pena. 

É como depois de muito tempo lutando por algo ali está, tão perto que se é permitido sorrir. Era assim que o Louis estava, ele se sentia feliz, porém cansado. Depois de uma longa tarde brincando om suas irmãs e ouvindo provocações de sua mãe, Louis se deitou na cama para dormir, junto a Harriett. Sua mãe se recusou a deixar o quarto de hóspedes para Harriett ou Louis. Segundo ela um casal tem que permanecer unido, e sem fazer muito barulho.

Louis abriu os olhos e naquela manhã ele sorriu como nunca tinha sorrido. Ele tinha motivos, era seu aniversario, estava com sua família e Harriett dormia abraçada com ele. Pera, o que? Harriett estava abraçada com Louis.

Tomlinson encarou Hazy dormindo e ele não teve coragem de se mexer, por mais ridículo que parecesse, ele teve medo de acordar Harriett. Não por irritar ela, mas ela parecia tão tranquila ali, dormindo em seus braços.

Calmamente Louis tentou se mexer e quando estava quase conseguindo sair da cama sem acordar Callan, ela se mexe e faz de Louis seu bichinho de pelúcia. 

Louis sorriu incondicionalmente, pois lembrou de ter lido na internet de que quem abraça alguém a noite, ou em quanto dorme, é por que se sente seguro ali.

Louis, sorrindo feito um bobo, tirou Harriett de seus braços calmamente. Assim que se viu livre foi até o banheiro e fez suas necessidades. Tomou banho e pegou uma roupa sua que estava ali mesmo, no banheiro. Assim que ele saiu do banheiro encontrou Harriett, de pé, coçando os olhos e bocejando. Seus cabelos castanhos estavam bagunçados e seu pijama amassado. Para Louis mais linda que o normal.

– Bom dia. – Louis falou sorrindo e Harriett sorriu caminhou até ele e o abraçou. Louis sem reação retribui inconscientemente o abraço.

– Feliz aniversário. – Harriett falou ainda abraçada a ele.

– Obrigada. – ele falou e ela o soltou e caminhou até sua mala de viajem.

– Sei que temos uma pequena rivalidade em questão a tudo que aconteceu. Mas comprei um presente para você. – Harriett falou corando.

– Serio? – Louis falou atônito, com toda a certeza ele não esperava por isso – Sabe que não precisava.

– Saber eu sabia, mas achei que seria muito legal. – Harriett falou e tirou da mala um pacote retangular, o pacote era laranja e tinha uma fita verde. Aquilo lembrava uma cenoura.

– Uma cenoura?  

– Eu vi seus vídeos diários e achei que seria engraçado.

– Mas eu não sou muito fã de cenoura, sabe. – Louis falou diminuindo a voz e a cada frase sua voz sumia mais ainda.

– LOUIS!

– Okay, por hoje eu gosto.

– Melhor. – Harriett falou e riu da idiotice.

Louis abriu e ali encontrou um porta retrato com uma foto dos dois fazendo careta. Foi uma das milhares de fotos que tiraram para postar no twitter. 

– Muito obrigada. – Louis falou sorrindo e se aproximou de Harriett para agradecer, a abraçou e quando foi dar um beijo em sua bochecha ela virou a cara sem querer e acabou que aquele agradecimento virou um selinho.

Louis e Harriett se afastaram rapidamente. Ambos confusos, aquilo não devia ter acontecido. Eles não sabiam o que falar. Talvez um “ops”, já resolvesse, mas aquilo estava além de um simples “ops”.

– Desculpe. – Louis falou por fim, daquilo que pareceu ter durado horas.

– Sabe, eu não ligo. – Harriett falou e Louis a olhou confuso, mas não teve tempo de perguntar, já que Harriett avançou e o beijou.

Naquele beijo Louis sentiu tudo que sua irmãzinha mencionou. Tudo e um pouco mais. Louis não queria sair dali nunca, talvez nunca fosse um tempo pequeno para Louis, se aquilo envolvesse sair dali. 

Harriett e Louis estavam explorando a boca um do outro como se aquela fosse a primeira e a última vez que faziam aquilo. Talvez fosse. Louis sabia que aquilo acabaria em alguns meses e Harriett tinha medo de se apegar.

Logo as mãos de Hazy deslizam para a nuca de Louis e o beijo é separado, mas as testas ficam coladas. 

Harriett respirou fundo, é como se aquele cheiro de Louis fosse proibido. Talvez nunca mais fosse sentir. E talvez não fosse mesmo. Aquilo que começava a parecer um filme de comédia romântica já estava no final. Faltava dois meses. Dois meses para tudo aquilo acabar.

Ambos sabiam disso.

Mas não lhes impediu de iniciar outro beijo. Esse foi mais violento que o primeiro, esse envolvia desejo, não curiosidade. Mas logo tudo acabou quando ambos escutam uma batida na porta. Eles se separam e dão alguns passos para trás.

– Q-q-quem é? – Louis pergunta meio gago pelo momento que passou há alguns minutos, tudo parecia surreal.

– Louis, é para você descer. – ele ouviu a vozinha de Phoebe ecoar pelo quarto.

– Já desço. – ele respondeu e ouviu um “ta” em resposta.

– Haz... – Louis falou, porém Harriett o interrompeu.

– Sei que isso foi inesperado, mas vamos concordar. Não pode acontecer de novo. – Ela falou olhando para baixo.

– Mas...

– Louis! Você sabe que isso não pode acontecer. – Hazy falou dura, olhando para Louis e o mesmo sentiu vontade de se encolher e chorar.

– Saber eu sabia. – Ele falou baixinho e Harriett revirou os olhos o começou a procurar algo na bolsa. Logo ela estava com uma muda de roupa nos braços e caminhou até o banheiro.

– Sei que parece que eu não tenho coração, mas faço isso para proteger ele. – ela falou antes de entrar no banheiro e trancar a porta.

Louis, pasmo com o que acabou da acontecer olhou para a porta do banheiro a falou baixinho antes de sair do quarto:

– Eu também tenho um coração, que agora está metade com você.

HAPPY BDAY TO LOUIS!!!!!

Para comemorar um cap todo choroso hsuahsuah

:3 A fic ta acabando!!1

eh!!!!

Talvez não eh, mas é legal!

DOIS FUCKING DIAS PARA O MEU ANIVERSARIO

Um beijo e um queijo

Tália