6/23/2014

Criminal Capítulo 10 - Fail... Again




– Niall, devolve o bolinho do Louis! – repreendi-o, enquanto virava as folhas de minha revista.
– Mas. Eu. Estou. Com. Fome. – retrucou bravo – A culpa não é minha se o serviço de quarto não conseguiu encher minha barriga essa manhã!
– Não to nem aí. Você já comeu os seus. Devolve e pronto. – olhei com minha melhor cara de brava e ele devolveu o bolinho para Louis – Onde estão os outros?
– Foram pedir um chá pro Zayn na cantina. – Louis respondeu dando uma mordida no bolinho recuperado – Cara, eche bolinho tá otchimo! – falou de boca cheia.
– Esse bolinho tá ótimo! – Niall o remedou, cruzando os braços em forma de protesto.
Duas semanas. Fazia exatamente duas semanas que eu estava naquela jogada. Pra falar a verdade, pareciam meses, muitos meses. Eu trabalhava feito uma condenada: marcar entrevistas, agendar os aviões e hotéis e ainda por cima tinha que arrumar as besteiras que esses meninos deixavam para trás. Só naquela semana, eu havia recebido umas 30 multas pro eles ficarem jogando bola nos corredores dos hotéis, por quebrarem vasos e por incomodarem os hóspedes.
Estávamos tomando café e eu tinha acabado de mandar uma mensagem para Alfred contando sobre as coisas e que me plano estava quase completo. Louis e Niall estavam sentados na minha frente, aproveitando a brisa que Camberra nos proporcionava.
– Chegamos! – os três que faltavam se juntaram a nós.
– Quem é que toma chá há essa hora? – perguntei para Zayn, vendo-o abrir um plastiquinho com algumas ervas dentro.
– Eu, uai. Vocês, meros norte-americanos, não entendem como um inglês gosta de um bom e quente chá.
– Não entendo mesmo. – ele mostrou a língua para mim, dando de ombros – Não gosto de chá.
– Por acaso vocês viram se tinha algum bolinho pra mim lá?
– Niall! Chega de bolinhos! – taquei minha revista nele – Será que não consegue parar de comer um minuto? – sua fome continua realmente me tirava do sério.
– Não dá! É mais forte do que eu!
Revirei os olhos. Como eu disse, pareciam anos que eu estava naquele trabalho. Aqueles garotos realmente conseguiam tirar alguém do sério... Mas vamos ser sinceros, eles não eram tão ruins assim. Eu até que gostava da companhia deles, era agradável e já tinha me acostumado com a intimidade que tinham comigo.
– Ahhhh... Eu não consigo abrir... – voltei a olhar Zayn, que miava, mexendo os dedos freneticamente – CONSEGUI!
Observei-o tirar as folhas do pacote e coloca-las na água fervente a sua frente. Ainda olhava quando a água adquiriu uma coloração bege.
– É chá de quê? – ousei perguntar.
– Camomila, quer? – franzi meu cenho, negando.
Encarei o liquido fervente, enquanto Zayn o levava para os lábios. Foi então que algo estranho me chamou atenção. Sobre as ervas de camomila, boiando sobre a água, havia uma pequena lasca de alguma coisa boiando... Parecia feijão... Feijão?... Meu cérebro captou meu raciocínio em segundos e quase que automaticamente eu estava de pé, arrancando a xícara das mãos de Malik, jogando-a no chão.
O barulho da porcelana se quebrando não foi nada comparado ao barulho do líquido envenenado queimando no chão, como se fosse ácido. Zayn esbugalhou os olhos assustados e eu me abaixei para analisar a semente.
– É um pedaço de semente de mamona. – falei, um pouco alto de mais, trazendo cabeças curiosas para perto.
– O quê? – Liam perguntou.
– É uma semente de mamona. – falei mais uma vez – São totalmente tóxicas. Eles tem ricina, uma propriedade extremamente perigosa.
– Pera... O quê?
– São venenosas, Harry, são venenosas.
– Pera... O QUÊ? – Zayn berrou, indignado. Seu rosto bronzeado estava branco como papel – ESTÁ DIZENDO QUE EU IA BEBER CHÁ ENVENENADO? – ele continuou gritando, atraindo as atenções de todos no refeitório. Um murmúrio se espalhou rapidamente e alguns curiosos começaram a se aproximar.
– Sim. Mas para de gritar. – falei, mandando-o ficar quieto. Ele se indignou mais ainda.
– PARE DE GRITAR? EU PODERIA ESTAR MORTO... EU... MEU SANTO DUMBLEDORE! IMAGINE O QUE... – ele ainda gritava e reparei em algumas pessoas tirando foto e outras levando o celular para a orelha.
– ZAYN! CALA A BOCA! – berrei de volta, apontando com a cabeça para os curiosos que tornariam aquela situação ainda mais desagradável.
– Como sabia disso, Hope? – Niall perguntou, mais chocado ainda.
– Hm... Eu sempre fui boa em biologia. – dei de ombros, mentindo mais uma vez – Chamem o Paul ou o gerente do ho...
– SORRIA! – um cara qualquer apareceu do meio da multidão, tirando uma foto.
O flash cegou meus olhos por alguns segundos e eu senti uma sensação bem desagradável. Quando me dei conta, o hotel todo já estava parado em nossa volta, assim como alguns seguranças que apareceram para saber o que estavam acontecendo.
– Saíam de perto! – eles gritavam.
Dei alguns passos para trás, assustada, aproveitando que a atenção estava para a banda e não para mim. Saí do meio daquela roda e procurei um lugar mais afastado. Peguei meu celular e disquei o número já decorado, ouvindo a linha ser chamada.
– Temos um problema. – falei de primeira, verificando se ninguém estava por perto.
O que aconteceu? – Alfred perguntou com um tom preocupado.
– Tentaram matar o Zayn envenenado.
Como assim tentaram? Você tentou, certo?
– Não. – neguei, massageando as têmporas – Estávamos tomando café e tinha uma semente de mamona no chá dele, Alfred e não fui eu!
Semente de mamona?? Isso é serio?
– Muito sério.
– Mas ele percebeu? Droga, senão ele já estaria morto...
– Na verdade, fui eu quem viu... Joguei a xícara no chão.
Você o quê??? CLARA! Era uma chance de vê-lo morto... Por que não deixou que ele morresse? – era uma ótima pergunta. Por quê? Não era por isso que eu estava ali? Por que não deixei ele morrer?
– Porque... Porque... Hm... Porque no pedido diz que EU tenho que mata-lo, senão não recebo a recompensa! – aquele era um ótimo porque, um perfeito para falar a verdade.
Alfred ficou uns vinte segundos sem falar. Cogitei a ideia de ele não ter se convencido com meu porque e ter me largado sozinha.
– Alfred? Está aí?
Estou. – ouvi um suspiro – Clara, parece que você tem razão. Outras pessoas devem estar atrás dessa recompensa... É muito dinheiro envolvido, não iria demorar para que outras pessoas descobrissem e quisessem cumprir o caso antes.
– O que faremos?
O que faremos? Você vai parar de enrolar e vai matar logo esse menino hoje! Está entendida? Já demoramos demais!
– Certo... – concordei, sentindo um vento gelado passar por mim – Ok. Ok. Faço isso hoje! Depois te ligo.
Ok. Até mais.
– Tchau. – encerrei a ligação, apertando o celular contra minhas mãos.
Voltei para perto da mesa, onde um bando de gente continuava em volta. Tinha saído por apenas dois segundos e já havia paramédicos, policiais e paparazzi por toda a parte. Cheguei mais perto e vi que os meninos não estavam mais lá, mas antes que pudesse fugir, uma mulher com microfone praticamente pulou em cima de mim fazendo um monte de perguntas. Eu havia saído por dois minutos ou duas horas?
– Foi você que descobriu a semente no chá? Como sabia? Por acaso tem algum caso com alguns integrante da banda? Você é realmente irmã de Niall Horan? Louis tem ascendência egípcia?
– O quê? – esbugalhei meus olhos, confusa.
– Saíam de perto, saíam de perto! – ouvi a voz de Paul atrás de mim e depois senti seu braço puxando o meu. Fui arrastada até fora do restaurante, seguida pelo bolo de repórteres, passando pelo saguão e entrando em um elevador – Saíam. Vocês não tem permissão de estarem aqui. – sua voz firme protestou e logo em seguida as portas se fecharam, tampando a visão de todo aquele povo da mídia. O que tinha acabado de acontecer?
– Nossa... Obrigada. – falei para ele.
– Não tem de que, Senhorita Hope. – ele sorriu simpático, colocando sua coluna ereta – Aconselho você ir para o seu quarto até lidarmos com toda a imprensa lá em baixo. Eles entraram sem autorização e não demorará muito para tentarem subir.
Assenti com a cabeça, ouvindo o “tim” do elevador e saindo pela porta para o corredor. Paul seguiu sem caminho para o saguão novamente e eu pude respirar fundo, sentindo que ali não teriam flashes para me incomodar. Não tinham meninos para me incomodar. Ninguém para me incomodar.
Entrei no meu quarto as pressas, me jogando na cama e lembrando-me de tudo que Alfred havia me dito. Ele tinha razão, eu já tinha demorado de mais para uma coisa tão simples como aquela e isso precisava terminar ali, naquele momento. Eu iria acabar logo com isso para que pudesse pegar a grana e voltasse para Nova Iorque, para viver lá com Chanel pelo resto de nossas vidas.
Fiquei deitada mais uma meia hora – pensando em quem teria tentando matar Zayn e como as notícias haviam se espalhado – até que decidi fazer algo da vida e me levantei. Procurei minhas luvas no meio de minhas tralhas e vesti-as nas mãos. Abri minha bolsa preta e procurei uma arma com silenciador. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e peguei mais algumas coisas necessárias antes de voltar para o corredor. Olhei para cima, vendo várias câmeras espalhadas, passando meu olhar para a porta ao lado, o quarto de Zayn.
Limpei minha garganta, voltando para dentro do quarto e indo em direção a sacada que dava a vista para uma praia qualquer. A minha esquerda havia outra sacada, a sacada do quarto ao lado, ou seja, o quarto de Zayn.
– Vamos lá.
Subi com cuidado nos balaústres, me escorando na parede para não perder o equilíbrio. Estiquei minha perna direita em direção a outra sacada, mas ela não alcançava, a distância era grande. Tomei folego e virei um pouco, vendo agora meu alvo para pousar de frente. Apertei a arma com força e dei um pulo, esperando meus pés sentirem algo duro. No entanto, não apareceu nada. Segurei um grito e me agarrei na borda da sacada antes que espatifasse no chão... Comecei a rezar mentalmente, suspirando aliviada, enquanto fazia força para subir e pisar em solo novamente. Tive que esperar alguns segundos para recuperar a dor nos braços e abri a porta da sacada, checando antes de entrar no quarto idêntico ao meu.
Estava vazio ali. Não tinha ninguém além de roupas espalhadas pelo chão. Não acreditava que tivera todo esse trabalho para nada.
– DOON’T LET ME, DON’T LET ME…– dei um pulo, quase desparando a arma com o susto que havia levado. Senhor! Eu andava muito assustada pro meu gosto! – DON’T LET ME GOO! CAUSE I’M TIRED TO SLEEP ALONE!
Andei de vagar até o banheiro – de onde o som estava vindo – com a arma erguida. Seria fácil: eu abriria a porta, atiraria e sairia dali o mais rápido possível para não ser pega, como já havia feito várias vezes.
Me aproximei da maçaneta, levando a mão para abri-la, quando ela realizou o ato sozinha. Harry apareceu na minha frente e eu um reflexo bondoso, levei a arma para as minhas costas, escondendo-a. Meu coração parou de bater por uns dois segundos, mas Harry não parecia ter reparado no grande revolver na minha mão.
– Hope? – ele franziu o cenho – O que está fazendo aqui?
– Hm... Eu... Eu... Er... Fiquei... Com... Medo. – opa, essa era uma ótima desculpa – Rum, eu fiquei com medo, Harry!... Esse negócio de veneno me assustou!
– Ah, cara, nem me fale. Eu to arrepiado até agora! Nos expulsaram do quarto do Zayn para ver se ele tinha se infectado. Mas ele jurou que não, disse que não chegou a engolir o chá. – então aquele não era mesmo o quarto do Zayn. Droga, Clara, droga! – Além do mais, nos proibiram sair dos quartos até descobrirem quem possa ter feito uma coisa como essa!
– Mesmo assim... Fiquei apavorada!
– Awwwn, Hope! Vem cá! – ele me puxou para um abraço. Passei minhas mãos para suas costas rapidamente e aproveitei para jogar a arma no banheiro, fazendo com que ela batesse na pia – Ué, o que foi isso? – Harry começou a se soltar do abraço para checar o barulho no banheiro.
– Estou com tanto medo! – falei mais uma vez, puxando-o para um abraço mais apertado.
– Não fique assustada, Hope. Ele vai ficar bem, tenho certeza! – nos soltamos – Vem. Enquanto isso você pode ficar aqui comigo! – ele puxou minha mão até a cama, se jogando ali. Eu não iria ficar ali com ele. Não iria. – Podemos ver um filme pra ver se o tempo passa mais rápido.
Limpei a garganta e me deitei ao seu lado. Harry ligou a TV e me abraçou. Eu tive vontade de pegar a arma de uma vez e mata-lo também, mas decidi respirar fundo e controlar minha raiva. Mesmo assim, eu tinha certeza que ele estava tirando proveito daquela situação. O que eu aprendi sobre Harry Styles nessas duas semanas foi que ele é o mais gay, porém o mais safado.


OLáááá´´aáasdapamdd 
TUDOOOOOO BOOOOOOM?
Mais um cap para vcs! Espero, de core, que tenham
gostado! 
Desculpem o horário! Tive que estudar
pra duas provas SUPER CHATAS! Além do mais,
teve o jogo do Brasilllll!
Quem assistiu? Acho que a maioria aq neh?
Eu não posso ver, fico mto estressada! Num 
instante estou roendo as unhas e no outro
estou "VAI NEYNEY!" 
Pse, pse! Não me orgulho disso!
Bom, só isso! Preciso estudar mais ;P
Malikisses & Paynekisses
Lo <3

2 comentários:

  1. CONTINUA CONTINUA CONTINUA!!

    VOCÊ PRRCISA CONTINUAR, SR NAO EU MORRO. ME SUICIDO! SÉRIO!
    CONTINUA OKAAAAY?!! É CONTINUAR"

    ADOOORO SEU BLOG! AMOO TODAS AS FICS, JA LI TODAS QUE ESTAO TERMINADAS ( AVAAA JURA? ) ENTÃO, EU AMO SEU BLOG!
    MALIKISSES & PAYNEKISSES .... CONTINUA!!!!

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