– Niall, devolve o bolinho do
Louis! – repreendi-o, enquanto virava as folhas de minha revista.
– Mas. Eu. Estou. Com. Fome. –
retrucou bravo – A culpa não é minha se o serviço de quarto não conseguiu
encher minha barriga essa manhã!
– Não to nem aí. Você já comeu os
seus. Devolve e pronto. – olhei com minha melhor cara de brava e ele devolveu o
bolinho para Louis – Onde estão os outros?
– Foram pedir um chá pro Zayn na
cantina. – Louis respondeu dando uma mordida no bolinho recuperado – Cara, eche
bolinho tá otchimo! – falou de boca cheia.
– Esse bolinho tá ótimo! – Niall
o remedou, cruzando os braços em forma de protesto.
Duas semanas. Fazia exatamente duas
semanas que eu estava naquela jogada. Pra falar a verdade, pareciam meses,
muitos meses. Eu trabalhava feito uma condenada: marcar entrevistas, agendar os
aviões e hotéis e ainda por cima tinha que arrumar as besteiras que esses
meninos deixavam para trás. Só naquela semana, eu havia recebido umas 30 multas
pro eles ficarem jogando bola nos corredores dos hotéis, por quebrarem vasos e
por incomodarem os hóspedes.
Estávamos tomando café e eu tinha
acabado de mandar uma mensagem para Alfred contando sobre as coisas e que me
plano estava quase completo. Louis e Niall estavam sentados na minha frente, aproveitando
a brisa que Camberra nos proporcionava.
– Chegamos! – os três que
faltavam se juntaram a nós.
– Quem é que toma chá há essa
hora? – perguntei para Zayn, vendo-o abrir um plastiquinho com algumas ervas
dentro.
– Eu, uai. Vocês, meros
norte-americanos, não entendem como um inglês gosta de um bom e quente chá.
– Não entendo mesmo. – ele
mostrou a língua para mim, dando de ombros – Não gosto de chá.
– Por acaso vocês viram se tinha
algum bolinho pra mim lá?
– Niall! Chega de bolinhos! –
taquei minha revista nele – Será que não consegue parar de comer um minuto? –
sua fome continua realmente me tirava do sério.
– Não dá! É mais forte do que eu!
Revirei os olhos. Como eu disse,
pareciam anos que eu estava naquele trabalho. Aqueles garotos realmente conseguiam
tirar alguém do sério... Mas vamos ser sinceros, eles não eram tão ruins assim.
Eu até que gostava da companhia deles, era agradável e já tinha me acostumado
com a intimidade que tinham comigo.
– Ahhhh... Eu não consigo
abrir... – voltei a olhar Zayn, que miava, mexendo os dedos freneticamente –
CONSEGUI!
Observei-o tirar as folhas do
pacote e coloca-las na água fervente a sua frente. Ainda olhava quando a água
adquiriu uma coloração bege.
– É chá de quê? – ousei
perguntar.
– Camomila, quer? – franzi meu
cenho, negando.
Encarei o liquido fervente,
enquanto Zayn o levava para os lábios. Foi então que algo estranho me chamou
atenção. Sobre as ervas de camomila, boiando sobre a água, havia uma pequena lasca
de alguma coisa boiando... Parecia feijão... Feijão?... Meu cérebro captou meu
raciocínio em segundos e quase que automaticamente eu estava de pé, arrancando
a xícara das mãos de Malik, jogando-a no chão.
O barulho da porcelana se
quebrando não foi nada comparado ao barulho do líquido envenenado queimando no
chão, como se fosse ácido. Zayn esbugalhou os olhos assustados e eu me abaixei
para analisar a semente.
– É um pedaço de semente de mamona.
– falei, um pouco alto de mais, trazendo cabeças curiosas para perto.
– O quê? – Liam perguntou.
– É uma semente de mamona. –
falei mais uma vez – São totalmente tóxicas. Eles tem ricina, uma propriedade
extremamente perigosa.
– Pera... O quê?
– São venenosas, Harry, são
venenosas.
– Pera... O QUÊ? – Zayn berrou,
indignado. Seu rosto bronzeado estava branco como papel – ESTÁ DIZENDO QUE EU
IA BEBER CHÁ ENVENENADO? – ele continuou gritando, atraindo as atenções de
todos no refeitório. Um murmúrio se espalhou rapidamente e alguns curiosos
começaram a se aproximar.
– Sim. Mas para de gritar. –
falei, mandando-o ficar quieto. Ele se indignou mais ainda.
– PARE DE GRITAR? EU PODERIA
ESTAR MORTO... EU... MEU SANTO DUMBLEDORE! IMAGINE O QUE... – ele ainda gritava
e reparei em algumas pessoas tirando foto e outras levando o celular para a
orelha.
– ZAYN! CALA A BOCA! – berrei de
volta, apontando com a cabeça para os curiosos que tornariam aquela situação
ainda mais desagradável.
– Como sabia disso, Hope? – Niall
perguntou, mais chocado ainda.
– Hm... Eu sempre fui boa em
biologia. – dei de ombros, mentindo mais uma vez – Chamem o Paul ou o gerente
do ho...
– SORRIA! – um cara qualquer
apareceu do meio da multidão, tirando uma foto.
O flash cegou meus olhos por
alguns segundos e eu senti uma sensação bem desagradável. Quando me dei conta,
o hotel todo já estava parado em nossa volta, assim como alguns seguranças que
apareceram para saber o que estavam acontecendo.
– Saíam de perto! – eles
gritavam.
Dei alguns passos para trás,
assustada, aproveitando que a atenção estava para a banda e não para mim. Saí do
meio daquela roda e procurei um lugar mais afastado. Peguei meu celular e
disquei o número já decorado, ouvindo a linha ser chamada.
– Temos um problema. – falei de
primeira, verificando se ninguém estava por perto.
– O que aconteceu? – Alfred perguntou com um tom preocupado.
– Tentaram matar o Zayn
envenenado.
– Como assim tentaram? Você tentou, certo?
– Não. – neguei, massageando as
têmporas – Estávamos tomando café e tinha uma semente de mamona no chá dele,
Alfred e não fui eu!
– Semente de mamona?? Isso é serio?
– Muito sério.
– Mas ele percebeu? Droga, senão ele já estaria morto...
– Na verdade, fui eu quem viu...
Joguei a xícara no chão.
– Você o quê??? CLARA! Era uma chance de vê-lo morto... Por que não
deixou que ele morresse? – era uma ótima pergunta. Por quê? Não era por
isso que eu estava ali? Por que não deixei ele morrer?
– Porque... Porque... Hm...
Porque no pedido diz que EU tenho que mata-lo, senão não recebo a recompensa! –
aquele era um ótimo porque, um perfeito para falar a verdade.
Alfred ficou uns vinte segundos
sem falar. Cogitei a ideia de ele não ter se convencido com meu porque e ter me
largado sozinha.
– Alfred? Está aí?
– Estou. – ouvi um suspiro – Clara,
parece que você tem razão. Outras pessoas devem estar atrás dessa recompensa...
É muito dinheiro envolvido, não iria demorar para que outras pessoas
descobrissem e quisessem cumprir o caso antes.
– O que faremos?
– O que faremos? Você vai parar de enrolar e vai matar logo esse menino
hoje! Está entendida? Já demoramos demais!
– Certo... – concordei, sentindo
um vento gelado passar por mim – Ok. Ok. Faço isso hoje! Depois te ligo.
– Ok. Até mais.
– Tchau. – encerrei a ligação,
apertando o celular contra minhas mãos.
Voltei para perto da mesa, onde
um bando de gente continuava em volta. Tinha saído por apenas dois segundos e
já havia paramédicos, policiais e paparazzi por toda a parte. Cheguei mais
perto e vi que os meninos não estavam mais lá, mas antes que pudesse fugir, uma
mulher com microfone praticamente pulou em cima de mim fazendo um monte de
perguntas. Eu havia saído por dois minutos ou duas horas?
– Foi você que descobriu a
semente no chá? Como sabia? Por acaso tem algum caso com alguns integrante da
banda? Você é realmente irmã de Niall Horan? Louis tem ascendência egípcia?
– O quê? – esbugalhei meus olhos,
confusa.
– Saíam de perto, saíam de perto!
– ouvi a voz de Paul atrás de mim e depois senti seu braço puxando o meu. Fui
arrastada até fora do restaurante, seguida pelo bolo de repórteres, passando
pelo saguão e entrando em um elevador – Saíam. Vocês não tem permissão de
estarem aqui. – sua voz firme protestou e logo em seguida as portas se
fecharam, tampando a visão de todo aquele povo da mídia. O que tinha acabado de
acontecer?
– Nossa... Obrigada. – falei para
ele.
– Não tem de que, Senhorita Hope.
– ele sorriu simpático, colocando sua coluna ereta – Aconselho você ir para o
seu quarto até lidarmos com toda a imprensa lá em baixo. Eles entraram sem
autorização e não demorará muito para tentarem subir.
Assenti com a cabeça, ouvindo o
“tim” do elevador e saindo pela porta para o corredor. Paul seguiu sem caminho
para o saguão novamente e eu pude respirar fundo, sentindo que ali não teriam
flashes para me incomodar. Não tinham meninos para me incomodar. Ninguém para
me incomodar.
Entrei no meu quarto as pressas,
me jogando na cama e lembrando-me de tudo que Alfred havia me dito. Ele tinha
razão, eu já tinha demorado de mais para uma coisa tão simples como aquela e
isso precisava terminar ali, naquele momento. Eu iria acabar logo com isso para
que pudesse pegar a grana e voltasse para Nova Iorque, para viver lá com Chanel
pelo resto de nossas vidas.
Fiquei deitada mais uma meia hora
– pensando em quem teria tentando matar Zayn e como as notícias haviam se
espalhado – até que decidi fazer algo da vida e me levantei. Procurei minhas
luvas no meio de minhas tralhas e vesti-as nas mãos. Abri minha bolsa preta e
procurei uma arma com silenciador. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo e
peguei mais algumas coisas necessárias antes de voltar para o corredor. Olhei
para cima, vendo várias câmeras espalhadas, passando meu olhar para a porta ao
lado, o quarto de Zayn.
Limpei minha garganta, voltando
para dentro do quarto e indo em direção a sacada que dava a vista para uma
praia qualquer. A minha esquerda havia outra sacada, a sacada do quarto ao
lado, ou seja, o quarto de Zayn.
– Vamos lá.
Subi com cuidado nos balaústres,
me escorando na parede para não perder o equilíbrio. Estiquei minha perna
direita em direção a outra sacada, mas ela não alcançava, a distância era
grande. Tomei folego e virei um pouco, vendo agora meu alvo para pousar de
frente. Apertei a arma com força e dei um pulo, esperando meus pés sentirem
algo duro. No entanto, não apareceu nada. Segurei um grito e me agarrei na
borda da sacada antes que espatifasse no chão... Comecei a rezar mentalmente,
suspirando aliviada, enquanto fazia força para subir e pisar em solo novamente.
Tive que esperar alguns segundos para recuperar a dor nos braços e abri a porta
da sacada, checando antes de entrar no quarto idêntico ao meu.
Estava vazio ali. Não tinha
ninguém além de roupas espalhadas pelo chão. Não acreditava que tivera todo
esse trabalho para nada.
– DOON’T LET ME, DON’T LET ME…–
dei um pulo, quase desparando a arma com o susto que havia levado. Senhor! Eu
andava muito assustada pro meu gosto! – DON’T LET ME GOO! CAUSE I’M TIRED TO
SLEEP ALONE!
Andei de vagar até o banheiro –
de onde o som estava vindo – com a arma erguida. Seria fácil: eu abriria a
porta, atiraria e sairia dali o mais rápido possível para não ser pega, como já
havia feito várias vezes.
Me aproximei da maçaneta, levando
a mão para abri-la, quando ela realizou o ato sozinha. Harry apareceu na minha
frente e eu um reflexo bondoso, levei a arma para as minhas costas,
escondendo-a. Meu coração parou de bater por uns dois segundos, mas Harry não
parecia ter reparado no grande revolver na minha mão.
– Hope? – ele franziu o cenho – O
que está fazendo aqui?
– Hm... Eu... Eu... Er...
Fiquei... Com... Medo. – opa, essa era uma ótima desculpa – Rum, eu fiquei com
medo, Harry!... Esse negócio de veneno me assustou!
– Ah, cara, nem me fale. Eu to
arrepiado até agora! Nos expulsaram do quarto do Zayn para ver se ele tinha se
infectado. Mas ele jurou que não, disse que não chegou a engolir o chá. – então
aquele não era mesmo o quarto do Zayn. Droga, Clara, droga! – Além do mais, nos
proibiram sair dos quartos até descobrirem quem possa ter feito uma coisa como
essa!
– Mesmo assim... Fiquei
apavorada!
– Awwwn, Hope! Vem cá! – ele me
puxou para um abraço. Passei minhas mãos para suas costas rapidamente e
aproveitei para jogar a arma no banheiro, fazendo com que ela batesse na pia –
Ué, o que foi isso? – Harry começou a se soltar do abraço para checar o barulho
no banheiro.
– Estou com tanto medo! – falei
mais uma vez, puxando-o para um abraço mais apertado.
– Não fique assustada, Hope. Ele
vai ficar bem, tenho certeza! – nos soltamos – Vem. Enquanto isso você pode
ficar aqui comigo! – ele puxou minha mão até a cama, se jogando ali. Eu não
iria ficar ali com ele. Não iria. – Podemos ver um filme pra ver se o tempo
passa mais rápido.
Limpei a garganta e me deitei ao
seu lado. Harry ligou a TV e me abraçou. Eu tive vontade de pegar a arma de uma
vez e mata-lo também, mas decidi respirar fundo e controlar minha raiva. Mesmo
assim, eu tinha certeza que ele estava tirando proveito daquela situação. O que
eu aprendi sobre Harry Styles nessas duas semanas foi que ele é o mais gay,
porém o mais safado.
OLáááá´´aáasdapamdd
TUDOOOOOO BOOOOOOM?
Mais um cap para vcs! Espero, de core, que tenham
gostado!
Desculpem o horário! Tive que estudar
pra duas provas SUPER CHATAS! Além do mais,
teve o jogo do Brasilllll!
Quem assistiu? Acho que a maioria aq neh?
Eu não posso ver, fico mto estressada! Num
instante estou roendo as unhas e no outro
estou "VAI NEYNEY!"
Pse, pse! Não me orgulho disso!
Bom, só isso! Preciso estudar mais ;P
Malikisses & Paynekisses
Lo <3
CONTINUA CONTINUA CONTINUA!!
ResponderExcluirVOCÊ PRRCISA CONTINUAR, SR NAO EU MORRO. ME SUICIDO! SÉRIO!
CONTINUA OKAAAAY?!! É CONTINUAR"
ADOOORO SEU BLOG! AMOO TODAS AS FICS, JA LI TODAS QUE ESTAO TERMINADAS ( AVAAA JURA? ) ENTÃO, EU AMO SEU BLOG!
MALIKISSES & PAYNEKISSES .... CONTINUA!!!!
continua
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