6/19/2014

Criminal Capítulo 9 - “Picles cresce em árvore?”

amooo essa foto <3



Um barulho perturbante ecoou pelos meus tímpanos, ativando meu sistema nervoso e me fazendo dar um pulo desesperado na cama. Chanel miou e eu tive que me apoiar no criado mudo para não cair no chão. O celular continuou apitando, tão alto que pensei ter sentido meus miolos explodirem com o barulho.
– Cala a boca, inferno!
Peguei o aparelho com as mãos e o taquei longe, na parede. A música cessou e um breve sorriso saiu pelos meus lábios. Encostei a cabeça no travesseiro novamente, mas antes que pudesse voltar ao meu sono querido, o celular voltou a berrar, assustando Chanel.
– Ahhhhhhhhhh!
Pulei da cama indo até onde o celular havia caído. Peguei-o com a mão, vendo uma pequena rachadura no meio da tela e com mais bufadas, desliguei o despertador. Ótimo! Nunca fui fácil para acordar cedo, especialmente às cinco da manhã. Mas eu tinha que viver aquela personagem por pelo menos duas semanas, então teria que fazer alguns sacrifícios... E o primeiro deles era não tacar mais meu celular na parede.
Fui até o banheiro, me despindo e entrando no chuveiro quente. Tomei um banho rápido, me secando em segundos. Fiz toda minha higiene e vesti um vestido vermelho com algumas flores, que ficava um dedo a baixo dos meus joelhos. Na minha opinião, aquela era a roupa mais feia que eu já usara em toda minha vida, mas Alfred que arrumara minhas malas, colocando roupas mais femininas – de acordo com ele.
Penteei os cabelos com pressa, colocando uma sapatilha horrível nos pés. Passei o mínimo de maquiagem possível e em questões de minutos, eu estava praticamente pronta. Mas para não perder o costume, coloquei um suporte em minha coxa e encaixei um revolver ali com facilidade. Peguei minha pasta e agenda e enfiei-os em minha bolsa, vestindo-a sobre o ombro e quadril. Repreendi Chanel com o olhar e saí do quarto, indo em direção a porta de Niall.
– VAMOS LEVANTAR! – soquei a porta – VAMOS! – passei para a do Louis – ACORDA, PESSOAL! – e assim fui, de porta em porta, socando cada uma.  – ANDEM! TEMOS UM DIA CHEIO PELA FRENTE! VOU ESPERA-LOS LÁ EM BAIXO PARA O CAFÉ!
Sorri após o escândalo e caminhei para o elevador. Entrei junto com mais duas pessoas e apertei o botão do primeiro andar, esperando. Meu celular tocou dentro na bolsa e eu logo atendi, dando espaço para mais pessoas que queriam entrar.

...

– Aí estão vocês! – sorri falsamente, vendo os cinco garotos se arrastarem até a mesa – Bom dia! – eu com certeza não estava de bom humor, mas acho que não seria bom eles conhecerem meu lado mal humorado.
– Oi... – responderam em uníssono, com as vozes mortas.
Eles se sentaram em minha volta e ficaram parados como plantas.
– Vêm cá, vocês vão ficar aí fazendo fotossíntese ou vão arranjar algo que realmente abasteça seus estômagos? – perguntei, começando a ficar irritada com aqueles zumbis.
– Dá um tempo, Hope. Acabamos de acordar... – falou Louis – E não foi um acordar muito agradável. – ele me lançou um olhar mortal. Ri com aquilo.
– É bom se acostumarem. Eu não vou sair de quarto em quarto dando beijinhos para acordar vocês! – respondi dando um gole no meu suco de laranja – E antes que eu esqueça, consegui marcar uma entrevista no sábado para vocês antes de irmos embora.
– Ok. – Liam sorriu fraco, levantando seu corpo da mesa e chamando o garçom – Acorda, Zayn! – ele deu um pedala no amigo, que estava dormindo e babando em cima da mesa – Vai querer o quê?
– Uma cama. – respondeu, arrancando risadas de Liam – Panquecas e um suco de uva, por favor. – Zayn se ergueu na mesa e eu automaticamente, e estranhamente, me lembrei do seu corpo apenas coberto por uma toalha baixa na cintura.
– E você, Hope? – Harry chamou minha atenção enquanto mordia um pãozinho – Dormiu bem?
– Melhor impossível. – menti, jogando meus cabelos para trás. Pra falar a verdade, eu não me lembrava da última vez que dormira bem. Eu sempre acordava de madrugada depois de ter alguns pesadelos desagradáveis, demorando muito para voltar a dormir.
– Eu estou louquinho para começar logo esse show! – Niall deu pulinhos, parecendo mais animado do que antes – Os fãs aqui parecem ser demais! Olha, já subiram uma tag! – ele enfiou o celular na minha cara, depois enfiando na cara dos outros meninos – Preciso agradecer por isso.
– O que são tags? – perguntei inocentemente, recebendo todos os olhares para mim – O quê?
– Você não sabe o que são tags? – indignou-se Harry – Por acaso conhece uma rede social chamada Twitter? A do passarinho azul sem olhos? NÃO ME DIGA QUE NÃO CONHECE!
– Eu sei o que é Twitter, seu babaca! – falei, não me importando se tivera sido muito rude... Será que eu fui? To nem aí. – Só não tenho uma conta e nunca fiz questão de ter. Como facebook... Sei o que é, mas também não tenho um.
– EM QUE MUNDO VOCÊ VIVE? – berrou Styles e tive que me segurar para não tacar a faca, que estava ao lado de minhas mãos, na cara dele.
– Cala a boca, Harry! – Louis deu um pedala no amigo.
– Ignora ele, Hope! – continuou Liam – Harry é um idiota! – eu concordava plenamente com aquela afirmação – Mas enfim, tags, ou rashtags, também representas pelo símbolo do jogo da velha, são... Hm... Tópicos, assuntos, frases, que podemos... Divulgar pelo Twitter! – ele pegou o celular, levando ao meu rosto e me mostrando uma tela onde havia uma tabelinha nomeada “assuntos do momento” – As que estão com o joguinho da velha são as tags, as mais usadas nesse momento no mundo todo.
– Ahhh... – enruguei a testa, entendendo. Twitter realmente era algo inútil.
Os meninos continuaram conversando enquanto comiam e, confesso, tive que rir de algumas idiotices extremamente idiotas, como “meu pudim é melhor que o seu”, “picles cresce em árvore?” e “o que aconteceria se eu cruzasse um bebê melancia com um bebê tomate?”.
Quando olhei no relógio, já eram por volta de sete e meia. Apressei os meninos, que haviam pedido mais meio quilo de comida, e logo fomos para os carros. Do lado de fora do hotel, nos deparamos com 3 dúzias de fãs sentadas na calçada. Harry abaixou o vidro e mandou um tchauzinho, deixando aquelas garotas petrificadas por três segundos, logo fazendo-as pirarem e correrem pra cima do carro.
– Opa... – ele fechou o vidro e o motorista continuou seu caminho.
O roteiro seria o seguinte: acordamos cedo para ir a Praia de Bondi, já que pelo o que Clark havia me dito, eles queriam muito visitar lá. Depois de ficar um tempinho, iriamos para a arena para que eles pudessem ensaiar, fazer as coisas típicas que geralmente fazem e depois cantar pra milhões de meninas e blá blá blá.
Quando chegamos, pude ver que a praia não estava muito cheia. Tinham poucas pessoas e nenhuma fã, pelo o que parecia. Além do mais, o lugar era muito lindo. A areia era fina e branca, enquanto a água era tão cristalina que refletia o Sol como um espelho bem limpo.
– O ÚLTIMO A CHEGAR NA ÁGUA É UM MANÉ! – berrou Niall, enquanto saia correndo pela areia até o mar.
Deixei que as crianças brincassem e fiquei sentada ali na areia, não ligando se o vestido poderia ou não estragar, aliás, não ficaria nem um pouco triste se ele estragasse.
Alguns seguranças se moveram para perto da água, enquanto alguns outros ficaram na entrada da praia, provavelmente barrando a entrada das fãs que apareciam do outro lado, elas realmente não davam um sossego. Eu fiquei apenas ali, fritando no Sol quente e morrendo de tédio observando quatro garotos adultos fazerem guerra de lama... Quatro?
– Oi. – levei um meio susto quando Zayn apareceu de pé ao meu lado.
– Oi... – respondi, desviando meu olhar dele e voltando a encarar a água.
Não se sente aqui, não sente aqui, não sente aqui.
– Beleza? – ele perguntou, se sentando.
Merda.
Reprimi uma bufada e concordei ainda sem encara-lo.
– Uhum.
– Não vai estragar seu vestido sentando com ele na areia? Minha mãe sempre falou que estraga tudo. – será que era tão difícil entender que eu não queria papo?
Virei meu rosto para o seu, reparando na hora que ele havia tirado a camisa  para se sentar em cima dela, não sujando sua bermuda. Senhor, que gay!
– Não ligo se estragar. – dei de ombros – Não gosto dele mesmo.
– Nossa, mas ele é tão bonito. E te favorece muito. – Zayn falou, passando seu olhar do meu rosto para meu vestido.
Era impressão minha ou aquilo foi uma cantada?... Acho que foi impressão.
– Hm... Valeu. – sorri um pouco desconfortável, jogando os cabelos para trás – Posso te fazer uma pergunta? – mudei de assunto rapidamente e ele assentiu – O que significa? Essas tatuagens... – apontei para seu peito nu e ele olhou para baixo.
– Por que quer saber?
– Eu sempre gostei de saber o motivo de alguém ter feito uma tatuagem... Só a partir daí posso afirmar se gosto delas ou não. – eu sei, era algo estranho, mas era uma mania minha – Na minha opinião, a tatuagem pode ser a mais bonita, detalhada, bem feita, mas se não tiver um significado, ela perde todas essas qualidades. – eu precisava descobrir aqueles significados pelo menos antes de ele morrer.
Ele ficou me encarando uns dez segundos. Seu rosto iluminado pelo Sol quente fazia com que seus olhos se encontrassem um pouco espremidos. Zayn umedeceu os lábios e abriu um sorriso de canto, parecendo sair de um transe. Ele levou os próprios dedos pelo corpo, começando a indicar o que cada tatuagem representava. Prestei atenção enquanto ele falava, concluindo que praticamente todas tinham um significado prestável.
– Uau... Você tem muitas... – comentei, observando-as.
– Agora elas são tão bonitas quanto parece? – ele perguntou, erguendo a sobrancelha. Concordei sincera, abrindo um sorriso fraco – Você tem alguma? – engasguei com a saliva.
Senti como se o Sol ficasse mais quente sobre minha cabeça. Meus ombros pareceram queimar e a única coisa que fiz foi dar de ombros. Apertei involuntariamente meus pés na areia e respondi brevemente:
– Não.
Zayn não pareceu convencido.
– Mentira. – ele falou – Não acredito em você. – soltou uma risada.
– Pois acredite.
– Ahh, qual é, Hope? Somos amigos! – não, não éramos amigos – Ihh... Tatuou alguma coisa quando estava bêbada? Ou foi em algum lugar constrangedor?
– Eu não tenho, tá legal? – falei nervosa, apertando a barra de meu vestido – Ponto final.
– Okay então.
– Por que não está brincando com os meninos? – perguntei, lembrando a mim mesma que estava incomodada com sua presença. Agora que já sabia o que queria, ele podia se mandar dali.
– Não gosto muito da água.
– Você tem medo de água? – usei todas as minhas forças para conter uma risada.
– Não é da água... E sim dela em grande quantidade, num lugar fundo.
– Então você tem medo de morrer afogado?
– Mais ou menos isso.
Bom saber.
– Você tem medo de alguma coisa?
– Eu? – parei cinco segundos para pensar – Não.
– Não? Como assim não? Não tem medo de insetos?
– Não.
– De assassinos? – soltei uma risada engasgada.
– Com certeza não.
– Estupradores? – neguei – Nem de morrer?
– Não. – sorri vitoriosa, olhando em seus olhos.
Certo. Eu menti. Eu tinha medo de uma única coisa, mas não era nenhuma das mencionadas por Zayn. Era uma coisa muito maior, pior e nem nos meus terríveis sonhos eu sonhava em me debater com esse medo novamente.
– Nossa... Por essa eu não esperava. – ele deu de ombros, voltando a encarar a areia.







Oláááá, amorressss!
Tudoooo boooom?
Mais um cap!
Eu espero que vocês tenham gostado, mesmo
não ficando dos melhores!
O próximo é mais emocionante! Juro!
Enfim, muuuito obrigada pelos
comentários, minhoquetes!
Amo vocês <3
E só respondendo: não, não
quero mais adms no blog, ok?
Gosto do jeito que está e quero deixar
assim, ok? :( sinto mto.
Ceeeeeeerto. Só isso!
Aproveitem o feriado UHUUUUU!
Malikisses & Paynekisses
Lo <3

2 comentários:

  1. Oii to aqui de novo.ja disse q estou amando a fic?nao?entao eu to amando a fic,anciosa pro proximo cap...

    ResponderExcluir
  2. Umsonhocomonedirectionharry.blogspot.com. comecei hj, divulga? Oobgd

    ResponderExcluir