12/20/2014

UDBC - Cap 17 - Pelo divórcio



Aquelas amizades que parecem ser passageiras, mas costumam durar uma vida. Mal sabia Harriett que acabará de conhecer uma nova amiga, amiga aquela que ela só achou que seria companheira de trabalho.
 – Dai você resolveu que seria bom pular? – Harriett perguntou encarando sua nova parceira de trabalho.
 – Pular me pareceu uma boa escolha quando... – A menina com cabelos negros e olhos verdes falou rindo e Harriett a acompanhou.
 – Fala sério, pular pode ser uma boa opção, mas não quando se está em um penhasco. – Harriett completou rindo e as duas não se aguentaram mais.
 – Ok, admito, um penhasco de quase cinco metros. – Erika, falou rindo da cara de Harriett.
 – Não vale, quando você me falou de um penhasco eu imaginei um penhasco enorme com direito a galhos presos.
– Não exagera. – Erika falou rindo – A conversa está boa, mas eu tenho que voltar para o trabalho.
~x~
Louis, pela primeira vez em muito tempo, se encontrava sozinho em sua casa. Sem os meninos e sem Harriett. Ele estava até curtindo, quando lembrou que depois do natal, seu trabalho voltaria com tudo. O bom é que ele passaria o natal longe de Harriett. O ruim é que ele passaria o natal longe de Harriett. Confuso? Deixe-me explicar. Louis chegou a uma conclusão da sua vida. Essa conclusão foi, ao mesmo tempo que ele está se apaixonando por Harriett, ele a odeia por fazer ele se apaixonar.
Enquanto ele quer fica perto, ele também quer distância. 
Enquanto ele quer proteger ela, ele também quer matar ela.
Tudo para confundir ele. Tudo para fazer Louis querer se jogar de um precipício. Não, se matar seria fácil demais. Tomlinson nunca foi de querer o mais fácil. Se para terminar com tudo ele teria que tentar então ele iria tentar. 
Logo Louis sai de seus devaneios quando a porta é aberta. Por lá ele vê Harriett entrando com uma expressão cansada. 
Por mais que não admitisse, Louis a achou linda.
Ela calmamente andou até a sala, assim que viu Louis, sem camisa, só com uma calça de moletom, suspirou. 
Ela suspirou por dois motivos, o mais obvio, ele estar sem blusa e o segundo, não queria brigar com ele. Não agora.
 – Você está aqui! – Hazy falou se sentando em uma poltrona perto do sofá em que Louis estava.
 – Sim, essa é minha casa. – Louis falou na defensiva, ele também não queria brigar.
 – Olha Tomlinson, não sei você, mas que tal uma trégua? Trégua de uma semana? – Harriett perguntou e Louis sorriu por dentro.
 – Eu topo. – ele falou e assim os dois ficaram quietos.
Louis colocou em um filme qualquer e os poucos minutos que se passaram torturaram os dois.
 – Ok, estamos em trégua. E agora? – Louis perguntou não aguentando mas aquele silêncio sufocador.
 – Sei lá. Parece que só conversamos para brigar. – Harriett falou.
 – Ta, me fala sobre você. – Louis falou e se virou para Harriett.
 – Bom, minha vida é o meu trabalho. Meus pais fingem que não tem uma filha e o resto da minha família tem algum problema. Eu não me encaixo. Agora você. – Harriett falou e Louis sorria internamente. Ela de certa forma confiava nele.
 – OK, minha família é complicada, meu pai acha que eu não faço nada direito e minha mãe sempre tentar ficar nula nas discussões. Minhas irmãs acham que eu sou o irmão perfeito e não sabem de nada. – Louis falou e sem perceber tinha confiado em Harriett também.
 – Nenhuma família é perfeita. – Hazy falou e Louis sorriu, pela primeira vez que se casou com Harriett, ele sorriu verdadeiramente.
 – Eu sei, mas parece que com esse negócio de ser famoso eu tenho que ter tudo e ser o perfeito.
 – Mas não tem. Suas fãs gostam de você do jeito que você é. Se você não fosse desse jeito elas não teriam gostado de você.
 – Isso é verdade. Obrigado. Obrigado por me entender. – Louis falou e sorriu. – Oque você acha de ver um filme com direito a pipoca?
 – Só se você fizer a pipoca. – Harriett falou rindo e Louis revirou os olhos e foi até a cozinha.
Talvez essa trégua fosse boa, tanto para Harriett quanto para Louis.
Depois de escolherem um filme de ação e Louis ter feito as pipocas o casal estava sentado, cada um em um sofá diferente, para assistir ao filme.
 – CORRE! – Louis e Harriett gritaram quando a cara do filme ficou parado para ver o que tinha feito o barulho.
 – Quem fica parado tentando descobrir o que fez o barulho quando se esta em uma floresta mal assombrada? – Louis perguntou indominado.
 – Esse mané do filme. – Harriett respondeu e nesse momento um lobo pulou na direção do personagem fazendo Harriett gritar e pular para o mesmo sofá que Louis.
 – Tudo bem? – Louis perguntou concentrado no filme.
 – Tudo ótimo, eu nunca estive tão bem na minha … - Harriett parou de falar quando a luz piscou e se apagou logo em seguida, a única coisa que se ouviu foi o grito de Harriett.
 – Não precisa gritar, só acabou a luz. – Louis falou e ele ouviu um fungado – Você está chorando?
 – Eu tenho medo do escuro. – Harriett balbuciou e Louis foi tentando achar Harriett, que estava no mesmo sofá que ele.
– Vai ficar tudo bem. – Louis falou abraçando Harriett e ela se aconchegou no sofá.
Ele conseguia sentir ela tremer, pelo visto ela não tinha só medo, tinha pavor do escuro.
(POV Harriett)
Melhor noite da minha vida. Eu, Harriett Callan, nunca dormi tão bem na minha vida como dormi hoje. Acho que eu finalmente posso dizer que descansei. Me virei no que acho ser o sofá e alguma coisa quentinha e confortável estava ali. Me ajeitei ali, acho que deve ser uma almofada. O estranho é que a almofada está me abraçando. 
WAIT!
A ALMOFADA ESTÁ ME ABRAÇANDO?
Abri os olhos e encontrei um Louis acordado, ele me encarava com aqueles olhos azuis e tinha um leve sorriso no rosto. Eu estava em choque. EU, Harriett, dormi abraçada com Louis Tomlinson, meu marido por contrato?
 – A quanto tempo vo...  – Antes de terminar Louis me cortou.
 – Sem brigas, estamos em trégua. – Ele falou me abraçando mais forte.
 – Mas você acha que é por causa de uma trégua que eu vou ficar abraçada com você?
 – Não.
 – Me solta?
 – Não.
 – Por favor.
 – Não.
 – Só sabe falar não?
 – Não.
– Você é louco?
 – Não.
 – Você pode me soltar?
 – Sim.
O encarei sorrindo e ele continuou ali, com aquela cara de merda dele me encarando como se nada diferente estivesse acontecendo. ELE CONTINUOU ALI, ABRAÇADO EM MIM.
 – Então porque não me solta?
 – Porque tá bom aqui.
Ok, para essa merda produção. Vocês só podem estar brincando comigo, Louis Tomlinson, meu suposto marido, o cara que SUPOSTAMENTE tem que me odiar, falou que ficar abraçado em mim é bom?
É hoje que o mundo acaba?
 – Louis, você está bem?
 – Eu? Eu estou, acho que nunca estive tão bem. – Ele falou com um lindo sorriso no rosto.
Acho que isso só pode ser um sonho, é sério, alguém me acorda, me chacoalha, me taca de um penhasco, tenta qualquer coisa para que eu acorde. 
Ele não pode falar isso. É contra as regras do nosso ódio. Está mas que obvio que não se pode falar que se quer abraçar alguém quando se odeia esse alguém.
 – Tomlinson. – resmunguei – isso não é certo.
 – O que não é certo? Eu ficar abraçado com você?
 – Exatamente, nós nos odiamos.
 – Mas será que por um dia não podemos fazer diferente? Em vez de nos odiarmos podíamos tentar ser amigos.
 – Sério? Mas porque de uma hora para outra você quer ser meu amigo?
 – Sei lá, acho que pode ser legal. – ele falou coçando a nuca, se não soubesse que ele me odeia até acharia que ele estava nervoso em propor isso. O bom que para coçar a nuca ele me soltou.
 – Ok, podemos tentar, mas depois que eu voltar do trabalho. – Falei e subi para se arrumar. Aquele dia começou estranho e, com certeza, não terminaria normal.
Acho que até podemos dizer que nada é como parece ser. Ainda mais que semana que vem meu trabalho entra em férias. Maldita semana de natal. Coloquei uma calça jeans e uma blusa branca. Peguei um casaco para frio. Nunca se sabe quando vai começar a nevar. 
Peguei minha bolsa e sai do quarto e antes que conseguisse descer as escadas meu celular tocou. Olhou no visor e o nome “Chefe” estava ali. Meio relutante atendi.
 – Alô?
 – Callan, hoje não tem trabalho para você. 
 – Mas posso saber o porque?
 – Ja olhou pela janela? Neve.
 – Ok, obrigada por me avisar.
Calmamente, talvez não tão calma, voltei para o quarto, taquei a bolsa e tirei o casaco de frio o tacando pelo quarto também, tirei o sapato e taquei em algum lugar. E com mais calma ainda soltei um berro.
Odeio quando não tem trabalho.
O pior é que com neve quer dizer sem poder ir na casa de Elo. Isso também quer dizer sem amigos do Louis, Harry, aqui nos irritando. Para ser sincera o único amigo do Louis que me irrita é o Harry. 
Cheguei na sala e encontrei um Louis emburrado vendo TV. Me sentei ao seu lado e ele me encarou sem entender.
 – Não ia trabalhar?  – Ele me perguntou com uma certa curiosidade.
 – Não.
 – Mas você tinha falado...
 – Não.
 – Deu para me imitar?
 – Não.
 – Eu sou chato?
 – Sim.
Eu falei e comecei a rir da cara que ele fez e logo ele me acompanhou. 
 – Retire o que disse. – Ele falou em meio as risadas.
 – Nem pensar.
 – Como? Retire agora ou...
 – Ou o que? – falei desafiadora,
 – Ou o pior acontecerá. – ele falou com uma voz ameaçadora.
O encarei desafiando e do nada ele grita:
 – CORRA, PORQUE AGORA É COCEGAS.
E eu como não sou burra sai correndo que nem uma maluca com Louis atrás de mim. Passei pela cozinha, por algum banheiro estranho e, por fim, parei no corredor dos quartos. Eu conseguia ouvir Louis subindo as escadas atrás de mim e rapidamente. Entrei no quarto que eu estava ocupando e ali fiquei sem saída. Logo Louis entra no quarto e eu no surto pulo para cama.
 – Agora está sem saída, retire o que disse ou sofra as consequências. – Ele falou engrossando o máximo possível a voz.
 – Não irei retirar nada, prefiro sofrer as consequências. – Falei afinando a voz e percebi ele se segurar para não rir.
Logo vejo ele vir correndo na minha direção e começar a fazer cócegas em mim, sem aguentar começo a me remexer e rir sem parar. Logo ele para um pouco de me fazer cócegas e me encara com um sorriso.
 – Retira?
 – Noop, tudo isso só prova que você é chato. – falei rindo e ele me acompanhou.
 – Ok, você ganhou. – Ele falou e se deitou do meu lado na cama. – Meu deus, acho que nunca percebi como minha cama é confortável
 – Desculpe. – falei e ele me encarou na duvida.
 – Por...
 – Invadir sua vida, roubar sua cama e causar problemas desnecessários.
 – Sabe, minha vida estava mesmo parada. - ele falou dando de ombros e eu ri dele.
 – Ok, mas mesmo assim, esses seis meses vão passar e nos nunca mais vamos nos ver. - falei e ele me encarou.
 – E sempre nos odiaremos?  – ele me perguntou sério e eu assenti. – Mas sempre não é muito tempo?
 – Mas acho que nascemos para nos odiarmos. – falei e ele me encarou com um leve sorriso.
 – Talvez... Mas eu ouvi que somos nós que fazemos nosso destino.
 – O que quer dizer?
 – Que se nascemos para nos odiarmos podemos mudar isso. Podemos não nos odiarmos...
 – Ok, acho que dá para tentar.
 – Pelo casamento? – ele me perguntou e eu o encarei com um sorriso fraco.
 – Pelo divórcio.

Heey
SEIS
SEIS DIAS
SEIS FICKING DIAS
heehhehe
Eai, tudo bem?
Um beijo e um queijo
Tália

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