Londres, Inglaterra.
– Suas malas, senhorita! – um
homem alto e magro, com uma roupa engraçada, me entregou as malas grades de
ombro.
Agradeci com a cabeça e joguei
todo aquele peso no meu corpo, carregando a bolsa onde Chanel estava com as
mãos. Caminhei para fora do aeroporto, sentindo um vento cortante atravessar
meu rosto. Não chagava a ser como Nova Iorque, mas era frio, muito frio.
– Hey, Clarinha! – a voz grossa
de Alfred me chamou a longe.
Ele estava encostado em um carro
preto esportivo. Suas roupas eram as mesmas: terno, gravata e as butinas pretas
masculinas. Ele sorriu para mim e abriu o lado do passageiro, fazendo um sinal
para que eu me aproximasse e entrasse.
– Vejo que voltou a cor natural!
– disse assim que alcancei o carro – Prefiro assim! Me faz lembrar você
pequena.
– Alfred, por favor – resmunguei
– Pra onde vai me levar?
– Para um hotel cinco estrelas
aqui perto! – respondeu guardando minhas malas no porta-malas – E então? Como
se sente?
– Normal.
– Normal? Faz três anos que você
está sem fazer isso e se sente normal?
Não, eu não me sentia normal.
Estava com uma mistura de medo com ansiedade. Missões eram como jogos de
família para mim. Cresci aprendendo a atirar facas, e não foi tão fácil me
afastar de tudo isso, e bem quando já estava mais acostumada, meu ex-parceiro
decidiu aparecer e me por de volta em tudo isso. Não que eu não tivesse
escolha, mas devido minhas circunstâncias, eu precisava da grana.
– Sim.
– Ah, você perdeu seu senso de
humor, viu? Vamos, entre logo no carro, querida!
– Nunca tive senso de humor,
Alfred.
– Ah, tinha um pouquinho! Vai
dizer que nunca achou minhas piadas engraçadas?
– Não. Elas são idiotas. –
reclamei entrando no carro.
– Idiotas? Elas são clássicos,
okay? – respondeu, entrando pelo outro lado.
O caminha para o hotel foi
silencioso. Não queria falar e Alfred respeitava minha opinião. Eu estava
cansada da viagem e pensava em todas as coisas que planejara para que aquele
assassinato fosse o mais rápido de minha carreira.
Quando o carro parou, pude
desfrutar da linda visão do hotel. Deveria ter pelo menos 20 andares, ou até
mais. A entrada era forrada por um tapete vermelho; tinham vários fotógrafos
ali parados – esperando alguém, pelo que parecia – e a porta de vidro giratória
era contornada por luzes de primeira linha. Pessoas com roupas chiques e caras
saíam dali, com seus pequenos cachorrinhos de madame. Torci o nariz.
– Tá de brincadeira que eu vou
ficar aqui. – falei enojada.
– Vai sim. – disse Alfred,
olhando para o mesmo local que eu – Terá uma festa de caridade nesse hotel essa
noite. Adivinhe quem estará lá? – ele falou cantarolando.
– Entendi – suspirei, jogando
minha franja loira para trás.
– Me encontre no saguão ás 20h!
Seu nome é Hope Campbell. O vestido já está no seu quarto!
– Certo... – abri a porta, saindo
do carro – Valeu, Alfred.
– Disponha!
Peguei minhas malas no porta-malas
e vi o carro esporte preto se afastar pela rua. Virei meus calcanhares e fui em
direção a entrada do hotel, passando pelo tapete vermelho aveludado. Passei
pela porta, ignorando os olhares ofensivos de algumas pessoas e fui direto ao
balcão, dando meus dados falsos para pegar a chave de meu quarto.
– Terceiro andar, senhorita.
Espere que chamarei alguém para te acompanhar! – falou a balconista. Ela tinha
uma pinta estranha na testa e seus cabelos estavam encharcados de gel.
– Obrigada.
Esperei um pouco e um homem
barbudo veio pegar minhas malas. Segui-o até meu quarto no terceiro andar e
agradeci quando ele colocou minhas malas sobre a cama, ao lado de uma caixa
marrom com um laço dourado. Tinha um cartãozinho branco grudado na tampa.
– “Achei sua cara! Combina com
seus olhos... Até mais tarde! Com amor, A.”. Hum... – abri a caixa, vendo um
tecido fino azul escuro dobrado delicadamente.
Um sorriso involuntário saiu do
meu rosto. O vestido era realmente muito bonito e a cor era a mesma de meus
olhos. Agradeceria Alfred mais tarde!
Abri a minha bolsa e deixei
Chanel sair para passear. Ela miou brava e saiu correndo pelo quarto, entrando
em algum cômodo que não fiz questão de ver. Abri as outras malas. Uma tinha
algumas roupas e sapatos, e a outra estava meu computador e alguns livros que
comprei no dia anterior.
– Muito bem... Vamos ver...
Liguei o computador e abri na
página que deixara salva. O nome da banda estava estampado no site, assim como
uma foto enorme. Passei meus olhos por cada um, lembrando-me dos nomes
automaticamente. Tinha estudado a noite inteira para isso, porque, cai entre
nós, não são nomes tão fáceis de decorar. Louis, Harry, Niall, Liam e... Zayn.
Minha vítima.
Olhei para o relógio ao lado da
cama. Marcava 18:30h.
Dei um pulo da cama e entrei no
banheiro, colocando a banheira para encher. Enquanto a água quente caía no
recipiente, voltei para o quarto e parei por um instante tentando lembrar onde
Alfred colocava os equipamentos.
– Miau. – Chanel miou, passando
pelos meus pés e entrando em baixo da cama.
Em baixo da cama?
– Chanel! Você é um gênio!
Agachei meu corpo, apoiando a
barriga no tapete e observando em baixo da cama. Como o previsto, uma mala
pequena de viagem preta estava ali. Puxei-a para o meu lado e abri o zíper com
pressa, encarando todos os tipos de armas e equipamentos que poderiam existir.
Armas, facas, aparelhos comunicativos, patinho-de-borracha-explosivo (um dos
meus favoritos) e fraquinhos com alguns líquidos e pós.
– Veneno. – sussurrei para mim
mesma, pegando um frasquinho pequeno e observando o líquido transparente que
ali havia.
Totalmente decidida, deixei o fraquinho
em cima da cômoda e voltei ao banheiro para tomar meu banho quente de banheira.
Deveria ser meu primeiro banho de banheira em três anos... Confesso que sentia
falta do luxo que uma “criminosa” pode ter. E naquele instante, a única coisa
que podia fazer era aproveitar, já que depois desse assassinato, eu voltaria
para a minha chata vida pacata em Nova Iorque.
Após banho tomado, vesti o roupão
do hotel que estava sobre a pia e fui a busca de um espelho para me maquiar.
Peguei as poucas maquiagens que tinha e passei uma base comum, lápis de olho,
rímel, uma sobra preta e, por fim, um batom vermelho que realçava meus lábios e
meus olhos.
Vesti o vestido azul que Alfred
mandou, junto com o único salto alto que me sobrara, e sequei meu cabelo,
fazendo uma trança mais bem feita de lado. Peguei uma bolsinha de mão e joguei
o frasquinho venenoso lá dentro, junto com luvas, grampos e outras coisas que
meninas da sociedade guardariam em sua bolsa.
– Miau.
– Obrigada, Chanel. Também acho
que ‘to linda! – sorri pra ela, que apenas me encarou feio em resposta – Gata
rabugenta.
O relógio marcava já 19:50h,
então me aprecei e saí do quarto em direção ao saguão de entrada. Como o
esperado, várias pessoas bem vestidas andavam para lá e para cá, procurando o
salão principal, onde seria o evento de caridade.
– Clara! – virei meu corpo em
direção a voz que chamara meu nome.
– Alfred? – enruguei meu cenho e
segurei a risada entalada na garganta – Que roupa ridícula é essa?
Alfred estava com uma espécie de
turbante na cabeça. Usava uma camiseta longa que ia até os calcanhares e se não
o conhecesse, graças a essa roupa e a barba grisalha, diria que ele era um
árabe perdido em Londres.
– Estou caracterizado para a
festa, okay?
– Você tá horrível! – segurei a
risada mais uma vez.
– Mas vai ser o senhor Horrível
aqui que te fará entrar na festa!
– Tá, foi mal!
– Falando em festa – mudou de
assunto, olhando para mim toda – Você está linda, Clarinha!
– Obrigada. – respondi
indiferente. Nunca sabia reagir a elogios.
– Vem! Temos que ir, o salão é
por ali!
Lá vamos nós.
Oláááá, minhoquinhaaaaaaaas!
Tudooooooo boooom?
Gostaram do cap???
Juro que o próximo tá mais legal, JUROOOO!
Eu sei pq já estou escrevendo u.u
Bom, muuuuuuuuuuuuito obrigada pelos comentários!
Eu realmente espero que tenham
gostado e é isso.
Cara, eu to c tanto sono q nem
notas finais to conseguindo escrever direito.
To com frio também.
E fome.
Tbm to com gases, mas isso é um caso
mais pessoal huehueheu
ZOA!
Enfimmmmmmm, é só isso mesmo!
Meu tt pra qm perguntou: @standforziam
Amo vcs <3
Malikisses & Paynekisses
Lo <3
Pelos deuses, se vc não continuar eu mando Zeus jogar um raio na tua cabeça, muié!
ResponderExcluirElena
Continua!! Por favor!!
ResponderExcluirContinuaaa ta mt pfto
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